A polémica morte de Diego Bello Lafuente, o surfista abatido pela polícia

A polémica morte de Diego Bello Lafuente, o surfista abatido pela polícia

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A polémica morte de Diego Bello Lafuente, o surfista abatido pela polícia

Autoridades filipinas acusam Diego Bello Lafuente de ser um traficante, mas amigos dizem que surfista era vítima de extorsão da polícia.

Artigo de Bruno Seruca

09-01-2020

Foi com surpresa que surgiu a notícia da morte de Diego Bello Lafuente, surfista espanhol radicado ilha filipina de Siargao. O jovem, de 32 anos, tinha diversos negócios naquele local e as autoridades das Filipinas acusam Diego de ser um traficante de droga. Que terá sido abatido em legítima defesa numa operação antidrogas.

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Segundo informações da polícia filipina, o surfista espanhol foi apanhado com 10 gramas de cocaína, tendo ainda na sua posse 30 mil pesos filipinos, algo como 530 euros, em notas marcadas. “Foi uma operação de legítima defesa”, argumenta Reynel Serrano, porta-voz das autoridades locais, que acrescenta ainda que o surfista foi o autor do primeiro disparo.

“Foi uma operação em legítima defesa”, refere a polícia local.

Esta operação ocorreu na residência de Diego Bello Lafuente. “Logo após a troca de dinheiro e cocaíne, ele percebeu que os agentes estavam a aproximar-se dele, pegou na sua arma de calibre 45 e começou a disparar contra nós”, relata Wise Vicente Panuelos, chefe da polícia local, em declarações ao site MindaNews. Acrescentando que depois da troca de tiros, foi encontrada uma quantidade maior de droga.

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Os amigos de Diego Bello Lafuente têm uma versão diferente para o sucedido. Garantem que o surfista não tinha qualquer relação com drogas e que simplesmente não cedeu à chantagem das autoridades. “Diego foi vítima de extorsão e foi morto pela polícia no dia em que disse que não lhes pagava mais”, garantem ao site quincemil. Dizendo que aquilo que aconteceu foi uma verdadeira “história de horror”.

“Diego foi vítima de extorsão e foi morto pela polícia no dia em que disse que não lhes pagava mais”

De acordo com este relato, o sucesso do surfista terá provocado ciúmes aos hoteleiros e autoridades locais. “Ele estava a sair-se muito bem com os negócios, estava a assumir o controlo da ilha e o governo filipino não estava interessad nisso”, conta uma fonte próxima de Diego Bello Lafuente. “Ele era uma jovem que nunca tinha visto uma arma ou drogas na sua vida”, garante.

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O que é certo é que diversas organizações de direitos humanos já fizeram denúncias das autoridades filipinas. Acusando os agentes de falsificar provas de modo a justificar execuções extrajudiciais no combate às drogas, algo que acontece há três anos, sob o mandato do presidente Rodrigo Duterte.

Diego Bello Lafuente estava a viver nas Filipinas há três anos. Era dono de diversas empresas dedicadas ao turismo. Além de surfista, tinham um passado ligado ao futebol. Diego tinha sido jogador do Deportivo, entre 2001 e 2003. Tinha sido ainda a imagem de uma campanha publicitária do clube na temporada 2017/18.

Fotos: Reprodução Instagram

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Artigo de
Bruno Seruca

09-01-2020



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