É descrito unanimemente como um dos maiores presidentes da história do futebol mundial. Ainda assim, nada disto chegou para que Jorge Nuno Pinto da Costa permanecesse na liderança do Futebol Clube do Porto. Naquelas que foram as eleições mais concorridas da história dos dragões, André Villas-Boas conseguiu ser eleito o novo dirigente máximo dos azuis e brancos com uma vitória esmagadora em relação ao atual presidente. O antigo treinador do clube conseguiu uns impressionantes 80,3% dos votos, contra os (para muitos) inimagináveis 19,5% de Pinto da Costa.
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Dos 28.876 sócios que votaram, apenas 5.224 colocaram uma cruz no nome de Pinto da Costa. Já André Villas-Boas conseguiu 21.489 votos. Já o candidato Nuno Lobo conseguiu somente 53 votos. A estes juntam-se 73 em branco e 37 nulos. Sendo que estes não entram na contagem final para a distribuição da percentagem.
Pinto da Costa começou por ser dirigente no hóquei em patins
Assim, 42 anos depois, Jorge Nuno Pinto da Costa abandona a presidência do clube. Isto numa altura em que o FC Porto está a realizar uma época muito abaixo do desejado e com algumas polémicas que incomodam muitos adeptos. É necessário recuar até 1962 para encontrar o ano em que Pinto da Costa se inicia no dirigismo nos azuis e brancos. Na altura, era chefe da secção de hóquei em patins. Cinco anos depois muda-se para a secção de boxe. Até que, em 1982, e depois de já ter sido diretor do futebol, concorre às eleições para presidente do clube. Cargo que veio a ocupar até à data.
Mais de mil troféus
Pinto da Costa diz adeus ao FC Porto com mais de mil troféus conquistados. E com um riquíssimo palmarés só no que ao futebol diz respeito. São 2 Taças Intercontinentais. Mais 2 Ligas dos Campeões, 1 Taça UEFA, 1 Liga Europa e 1 Supertaça Europeia. São 23 Campeonatos de Portugal (o clube tem 30), 15 Taças de Portugal, 22 Supertaças e 1 Taça da Liga.
Fotos: Reprodução FC Porto