Piacenza entra em campo com seis jogadores e um massagista e perde por 20-0

Começamos por dizer que o Pro Piacenza 1919 nada tem a ver com o Piacenza Calcio 1919. Este renascido clube disputava o principal escalão do futebol italiano na época 2002/03 . Ainda assim, existem pontos em comum entre os emblemas.

Ambos lidam com problemas e os dois emblemas fazem parte do Grupo A da Serie C. É o equivalente ao terceiro escalão do futebol transalpino. A diferença é que um vai em segundo e o outro, o Pro Piacenza 1919, ocupa o último lugar da classificação.

Mergulhado numa grave crise financeira, o clube deslocou-se ao campo do Cuneo sem treinador e com apenas sete jogadores. Todos com idades compreendidas entre os 15 e os 19 anos. Como um deles se esqueceu do documento de identificação, o Pro Piacenza 1919 teve de entrar em campo com seis jogadores mais o massagista. O resultado foi um estrondoso 20-0 que está a correr o mundo.

Nicolo Cirigliano, de 19 anos, foi capitão de equipa e também treinador

Apesar de o nome do clube não dizer muito a diversos adeptos do futebol, o Pro Piacenza 1919 tinha no plantel Cristian Ledesma. Chegou a ser antigo internacional italiano. E o treinador era Giuliano Giannichedda, um ex-jogador da Juventus e Lazio. Só que os ordenados em atraso fizeram com que jogadores e treinadores abandonassem o clube.

O Pro Piacenza 1919 não entrava em campo desde dezembro do ano passado. Perdeu, por isso, três jogos por falta de comparência. E só apareceu neste encontro porque a quarta falta faria com que o clube perdesse a vaga na competição. Nicolo Cirigliano, de apenas 19 anos, foi capitão de equipa e treinador ao mesmo tempo.

“Foi uma coisa surreal”, disse Cristiano Scazzola, treinador do Cuneo. “Não há grandes comentários a fazer. Tivemos de pensar apenas em nós, como sempre temos feito, e fizemos o nosso jogo”, concluiu.