Nicklas Bendtner, das bebedeiras que são uma tradição na seleção à casa que era uma mansão da Playboy

Nicklas Bendtner, das bebedeiras que são uma tradição na seleção à casa que era uma mansão da Playboy

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Nicklas Bendtner, das bebedeiras que são uma tradição na seleção à casa que era uma mansão da Playboy

Bebedeiras na seleção, vício em jogos de azar e ter a casa transformada numa mansão da Playboy são apenas algumas das confissões de Niklas Bendtner.

Artigo de Bruno Seruca

06-11-2019

Nicklas Bendtner é provavelmente um dos jogadores mais talentosos da sua geração. Sendo que é também um dos mais problemáticos. O que faz com que a carreira não tenha sido tão brilhante como se adivinhava. Depois de passagens por clubes como Arsenal e Juventus, o avançado, hoje com 31 anos, defende as cores do Copenhaga, emblema do qual é adepto e onde deu os primeiros passou para o futebol. E numa altura em que ainda não se estreou a marcar pelo novo clube, Niklas Bendtner abre o jogo na biografia que acaba de lançar.

Em Begge Sider (em português, os dois lados) o avançado dinamarquês fala de tudo um pouco. A começar pelas bebedeiras que diz serem uma tradição na seleção da Dinamarca. Esta é a versão daquele que foi a principal referência ofensiva da equipa durante largos anos. Representou a seleção entre 2006 e 2018, tendo marcado 30 golos em 81 jogos. Tendo como momentos altos a participação no Mundial de 2010 e no Europeu de 2012.

Nicklas Bendtner revela que as bebedeiras são uma tradição da seleção dinamarquesa

“Os quartos estão numa ponta do hotel e fazemos com que umas raparigas tragam dinheiro e reservem quartos na outra. Quando Morten Olsen (selecionador dinamarquês entre 2000-2015) vai dormir, deslocamo-nos em silêncio e vamos até lá. É uma tradição que existiu durante muito tempo”, conta na obra. Este desabafo está a provocar polémica e já levou diversos profissionais da federação a desmentir o jogador. Age Hareide, atual selecionador dinamarquês, e o homem que recuperou Bendtner para a seleção durante o apuramento para o Mundial da Rússia 2018, defende que o comportamento dos atletas é exemplar. Mesmo o do polémico avançado, sempre que foi chamado à equipa.

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No livro, escrito em parceria com um jornalista dinamarquês, Bendtner acusa ainda Jon Dahl Tomasson pelo seu afastamento da seleção. O jogador conta que sempre se deu mal com o ex-jogador desde as primeiras convocatórias à equipa e que este sempre teve ciúmes de si, chegando a falar mal nas suas costas. Ainda sobre a seleção, o avançado recorda aquilo que aconteceu quatro dias antes de se estrear pela equipa principal da Dinamarca, quanto tinha apenas 18 anos.

“Estava tão fora de mim que me borrei nas calças e vomitei por todos os lados”

Nessa noite, Bendtner ficou embriagado de tal forma que ficou inconscientes numa festa e os amigos tiveram de transportá-lo para casa num carrinho de mão. “Estava tão fora de mim que me borrei nas calças e vomitei por todos os lados”, conta. Recorda ainda que não se lembra de nada no treino do dia seguinte. Ainda assim, e porque o selecionador desconhecia o seu estado, estreou-se e logo com um golo, num jogo contra a Polónia.

A casa que era uma mansão da Playboy

Foi com apenas 16 anos que Bendtner foi contratado pelo Arsenal. Chegou como uma grande promessa e abandonou o clube com um vasto leque de polémicas. Que prosseguiram depois do adeus aos gunners. Entre os escândalos contam-se episódios de condução sob o efeito de álcool e uma agressão a um taxista. É no livro que Bendtner assume que o gosto pela vida noturna passou a ser mais acentuado quando esteve, por empréstimo do Arsenal, no Birmingham, em 2006. O jogador descreve a sua casa de então como sendo “uma mansão da Playboy”. Na qual os colegas de equipa tinham relações sexuais com outras mulheres. A isto juntavam-se as habituais visitas as clubes de strip.

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Entre as confissões de Bendtner está ainda o final da amizade com um amigo de infância que tentou masturbá-lo numa festa. Bem como as constantes discussões com Thierry Henry, quando ambos jogavam no Arsenal. E ainda o vício em jogos de azar que o levaram a perder 270 mil euros numa noite. Foi este o motivo pelo qual aceitou 230 mil euros para mostrar publicidade de uma casa de apostas na roupa interior quando marcasse um golo. Algo que aconteceu num jogo contra Portugal e que levou a que fosse multado pela UEFA.

Fotos: Reprodução Instagram

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Artigo de
Bruno Seruca

06-11-2019



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