Apenas 14 dias. Este foi o tempo que José Mourinho passou desempregado depois de ter sido despedido do Tottenham. A nova aventura profissional do treinador português, de 58 anos, passa pelo regresso a um país onde foi muito feliz. Depois da bem-sucedida experiência no Inter de Milão, o special one irá agora suceder a Paulo Fonseca no banco da Roma. E apesar de só começar a trabalhar na próxima temporada, Mourinho tem já “problemas” para resolver com alguns jogadores.
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Aquele que mais se destaca é com Pedro, avançado espanhol com quem Mourinho trabalhou durante a segunda passagem pelo Chelsea. Até porque o jogador não teve palavras muito simpáticas no momento do adeus do treinador português. “Praticamente tudo, tudo não estava bem”, disse o espanhol. “Estávamos muito mal no campeonato, o espírito estava muito em baixo, a confiança era muito reduzida, tudo estava a correr mal”, acrescentou. “Era muito difícil estar numa boa posição. Era tudo. Tudo estava mal”, concluiu. Agora, jogador e treinador voltam a trabalhar juntos.
“Era tudo. Tudo estava mal”, disse Pedro quando Mourinho saiu do Chelsea
Mas os reencontros com jogadores não terminam em Pedro. Chris Smalling e Henrikh Mkhitaryan faziam parte do plantel do Manchester United quando José Mourinho era treinador do clube inglês. O defesa já fazia parte do clube enquanto o médio foi uma das contratações do treinador. Ainda assim, ambos acabaram por não ser as principais opções de Mourinho. Já em Roma, são duas das peças fundamentais da equipa. Tudo isto não será um problema para José Mourinho, que já passou por situações semelhantes ao longo da carreira.
Maior desafio da carreira?
Olhando para o percurso de José Mourinho, quase que se pode olhar para a Roma como o maior desafio da carreira do treinador. O clube italiano conta apenas com três títulos em 93 anos de história e há muito que tem vindo a desiludir. Ao ponto de esta época poder ficar fora das competições europeias. O treinador português chega a Itália depois de três despedimentos consecutivos. Sendo que irá ter ao seu dispor – pelo menos para já – um plantel que está muito longe de ser o mais forte que já orientou. “Queremos construir um trilho glorioso nos próximos anos. A incrível paixão dos adeptos da Roma convenceu-me a aceitar o desafio e mal posso esperar para o início da próxima época”, diz o treinador que conta com 25 troféus no currículo.
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