Um jogador ser reconhecido como grande figura em Portugal é uma missão quase impossível, dada a rivalidade existente entre os três grandes. Contam-se pelos dedos de uma mão, nos tempos mais recentes, os jogadores que conseguiram esse feito. Um bom exemplo daqueles que conseguiram é sem dúvida o de Lucho González, “El Comandante”.
Como gosta muito de dizer Pinto da Costa, Lucho foi aquele jogador que personificava na perfeição o “jogador à Porto”. Um jogador que dominava, tal como um comandante, o meio campo do FC Porto. Detentor de uma inteligência dentro do campo pouco comum, sentia-se que dava tudo em campo pela camisola azul e branca.
Foi com naturalidade que envergou a braçadeira de capitão do clube, uma responsabilidade muito pesada no reino do Dragão, se tivermos em conta os jogadores que fizeram parte desse legado, como Jorge Costa, João Pinto ou Vítor Baía.
O legado deixado por Lucho González no FC Porto e em Portugal é inegável e comprovado com títulos. Em sete anos em Portugal, conquistou 11 títulos ( 6 títulos de campeão nacional, 3 supertaças e duas taças de Portugal).
Veja o vídeo:
24 títulos em 20 anos de carreira
Mas não foi só em Portugal que Lucho se destacou pelos títulos conquistados. Ainda recentemente juntou mais um ao currículo, a Taça Sul-americana – uma espécie de Liga Europa dos clubes da América do Sul – ao serviço do Atlético Paranaense.
“Consegui ganhar vários títulos na carreira, mas este tem um sabor diferente dos outros. Estou feliz e emocionado como se fosse o primeiro”, disse o médio argentino no final do jogo frente ao Junior Barranquilla, cujo desfecho só foi selado no desempate por grandes penalidades.
Em 20 anos de carreira, “El Comandante” conta no currículo com 24 títulos, onde se destacam a Taça Libertadores pelo River e o título de campeão francês pelo Marselha, para lá dos já mencionados ao serviço do FC Porto.
Conquistou também a Medalha de Ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, numa equipa que tinha também Saviola, que mais tarde iria representar o Benfica. Lucho participou também, pela “seleção das pampas”, no Mundial da Alemanha, em 2006.
Todo um palmarés que o coloca entre os jogadores argentino mais titulados de sempre, apenas atrás de Alfredo Di Stéfano e Lionel Messi.
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