A Juventus recebeu e venceu o Nápoles na segunda jornada da liga italiana. Os campeões italianos chegaram aos 3-0, relaxaram, os forasteiros ainda conseguiram empatar, mas um autogolo no último minuto de Koulibaly estabeleceu o resultado final em 4-3, a favor da vecchia signora. Apesar da derrota dos napolitanos, Hirving Lozano voltou a fazer história.
Deslumbrou no PSV Eindhoven nas últimas épocas e trocou os holandeses pelo Nápoles a troco de 42 milhões de euros, tornando-se assim na contratação mais cara de sempre dos italianos. Lozano ultrapassa assim Gonzalo Higuaín, que por 39 milhões trocou, em 2013, o Real Madrid pelo Nápoles.
Hirving Lozano tem queda para marcar nas estreias
No jogo frente à Juventus, “Chucky” Lozano (ganhou a alcunha por ser um terror para os adversários) voltou a marcar na estreia. É quarta vez que isso lhe acontece. Também faturou na primeira vez que atuou pelo Pachuca e PSV, assim como pela seleção mexicana.
Aos 18 anos estreou-se na equipa principal do Pachuca e logo mostrou a aura de predestinado. Lançado em campo aos 84 minutos, ainda foi a tempo de marcar o golo da vitória. Também faturou na estreia na Liga dos Campeões da Concacaf e o seu rendimento nas quatro temporadas ao serviço do Pachuca foi melhorando com o tempo: jovem revelação na época de estreia; titular e jogador influente na segunda temporada; absolutamente decisivo nas duas últimas campanhas, com destaque para os 18 golos em 37 jogos que apontou na derradeira época.
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Em fevereiro de 2016, com apenas 20 anos, estreou-se na seleção A mexicana e não demorou muito até se estabelecer como titular e grande figura. Custou 8 milhões de euros ao PSV Eindhoven e agora encheu os cofres do clube holandês. Casado desde os 18 anos com a namorada da adolescência Ana Obregón (não confundir com a veterana apresentadora espanhola de televisão), têm dois filhos em comum e costumam trocar mensagens de amor nas redes sociais.
Expulsões e acusações de racismo
A contrastar com o fantástico rendimento que apresentou dentro de campo ao serviço do PSV Eindhoven, o extremo também foi notícia pelo caráter conflituoso, que lhe valeu duas expulsões no campeonato holandês, a última punida com um castigo de três jogos de suspensão. “Truculento, eu? Isso faz parte do jogo e há futebolistas piores do que eu”, sublinhou, contestando o tratamento dos árbitros e da federação holandesa: “Um dos cartões vermelhos foi exagerado e no outro, depois do PSV ter recorrido do castigo, ainda me adicionaram um jogo de suspensão. Talvez não gostem muito que um mexicano esteja a destacar-se”, referiu.
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Algumas semanas depois, em entrevista recente à ESPN, já não foi de meias palavras e acusou alguns holandeses de racismo. “Aqui os adeptos chamam-me de tudo. ‘Mexicano de m…, vai para a tua terra’, entre outras coisas. Chegam a empurrar-me nos jogos. Enfim, algumas destas atitudes passam despercebidas, ou então as pessoas fingem que não vêm nada”, lamenta.