Julian Brandt, o craque que é uma "pechincha" para os tubarões europeus

Joachim Löw está a operar uma verdadeira revolução na seleção alemã Alemanha depois do descalabro que foi a participação no Mundial da Rússia, onde se ficou apenas pela frase de grupos. Alguns dos pesos pesados como Hummels, Boateng e Thomas Müller foram afastados e é agora esperado que os jovens assumam a batuta na mannschaft. Um desses jovens é Julian Brandt, um dos mais talentosos jogadores da Bundesliga.

O jovem extremo do Bayer Leverkusen, 22 anos, é seguido por alguns dos mais poderosos tubarões europeus. É mesmo apontado como uma figuras chave da revolução que Zidane quer operar no Real Madrid. Um interesse que até já mereceu um comentário por parte de Brandt.

“Interesse do Real Madrid é uma honra”

“Primeiramente, é uma honra que te liguem a equipas desta estirpe, mas, no momento, ainda não está nada definido”, disse o jovem extremo à revista alemã “Kicker”.

No encalce de Brandt, diz-se também que estão equipas como o Bayern Munique e Dortmund, as duas principais equipas da Bundesliga, mas também o Liverpool, de Inglaterra, e o Atlético de Madrid, de Espanha. A verdade é que o valor pelo qual o jogador pode sair dos “farmacêuticos” é algo que aumenta e muito o apetite dos tubarões.

A cláusula de rescisão de 25 milhões de euros de Julian Brandt

Segundo o Bild, Julian Brandt tem uma cláusula de rescisão de 25 milhões de euros no seu contrato que ficará ativa no final desta temporada caso o Leverkusen não se qualifique para a Liga dos Campeões. A oito jornadas do fim, a equipa do jovem de 22 anos encontra-se no sexto posto, a cinco pontos do Monchengladbach, que ocupa o quarto e último lugar de acesso à prova milionária.

Se levarmos em conta que o valor de Brandt está situado nos 45 milhões (segundo dados do Transfermarkt) os 25 milhões de euros desta cláusula de rescisão só podem ser encarados como uma verdadeira “pechincha” pelas equipas mais endinheiradas da Europa.

Veja o vídeo:

O homem que roubou o lugar a Sané

Parecem, portanto, estar reunidos todos os ingredientes para que Julian Brandt se torne uma das principais figuras do futebol alemão e europeu, mas até lá o jovem ainda tem muito a provar, principalmente aos seus compatriotas. É que o seu nome não é, pelo menos para já, consensual por terras alemãs.

Existem dois fortes motivos para que Julian Brandt não seja um nome muito querido na Alemanha. Em primeiro lugar, foi o jogador que “roubou” a vaga de Leroy Sané para o Mundial da Rússia, uma opção de Löw que foi bastante criticada, dado o grande contributo que o extremo deu no campeonato conquistado pelo Manchester City.

A selfie da discórdia

Por outro lado, como se isso não fosse suficiente, também no Mundial, Julian Brandt foi protagonista de um episódio que caiu muito mal junto dos adeptos da Mannschaft. Após a derrota da equipa frente ao México, na estreia do mundial, por 1-0, foi tirar selfies com os adeptos.

“Alemanha perde no começo do Mundial e Julian Brandt não tem nada melhor que fazer do que sorrir para a câmara de um adepto”, escreveu na altura o jornal tablóide germânico Bild. “Segundos depois do apito final, as estrelas da Alemanha seguem dececionadas, frustradas, cabisbaixas. Apenas uma pessoa pode sorrir”, disse ainda a publicação.

“Naquele momento, não pensei nisso”

Em resposta à polémica, o futebolista apenas referiu que “ia a entrar no túnel de acesso aos balneários e um rapaz gritou”. Julian Brandt também revela:”Naquele momento, não pensei nisso”. A eliminação precoce da seleção alemã veio a alimentar ainda mais a polémica.

Independentemente destes pequenos contratempos, é difícil acreditar que o jovem jogador não vai se tornar numa referência da seleção alemã nos próximos anos. A ele juntam-se também outros jovens com enorme talento como Sané, Sule, Goretzka ou Kai Havertz. Uma nova geração alemã que promete fazer estragos. Esta época – a sua sexta na equipa principal do Leverkusen – Julian Brandt conta com 7 golos e 10 assistência em 35 jogos.

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