João Neves foi finalmente apresentado como jogador dos franceses do Paris Saint-Germain. E na última entrevista enquanto jogador do Benfica, o jovem médio, de apenas 19 anos, coloca um ponto final na polémica. Isto depois de muitos adeptos apontarem o dedo à direção presidida por Rui Costa, acusando o dirigente de querer vender um jogador que não queria deixar a Luz. Assunto abordado pelo jogador.
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Melhores momentos de João Félix no Benfica
“Se eu quisesse mesmo ir embora, e se o Benfica quisesse mesmo que eu fosse embora, já tínhamos resolvido isto há muito tempo. Tentámos até ao máximo e chegámos a um consenso. Achámos o melhor para as duas partes, em termos financeiros é bom para o clube e é bom para mim”, diz João Neves numa entrevista aos meios do Benfica.
“Nunca, nem eu, nem a minha família ligou a quem quer que seja para forçar a minha saída, ou qualquer outro tipo de assunto relacionado com o João Neves querer sair. Nem o Benfica quis que eu saísse. Está muito bem vincado e muito bem presente na minha cabeça. Falei algumas vezes com o presidente, tínhamos sempre a mesma opinião. Não foi fácil para o presidente. Nas reuniões que tive com ele, o presidente estava muito emotivo, porque se tratava de mim. Quando acordámos o momento para sair, o presidente meio que mostrou uma lagrimazinha, e eu também, chorámos um bocado os dois. Mas é como já disse, foi bom para o clube. Não há nada acima do clube, nem eu estou acima do clube”, prossegue.
João Neves revela por que usa a camisola por dentro dos calções
No adeus ao Benfica, João Neves, que agradece aos adeptos e diz passar a ser mais um a vibrar com os encarnados, refere ainda o que representa o clube para si. “O Benfica, para mim, é um modo de vida. É sentir o Benfica, é viver o Benfica, é… Jogo desde os três anos, e antes de estar no Benfica jogava na Casa do Benfica em Tavira. Por isso, é um modo de vida, já não dá para fugir ao Benfica”, conta.
O jogador aproveita também para explicar por que joga sempre com a camisola para dentro dos calções. “A camisola para dentro dos calções foi uma regra imposta na formação, quando eu jogava no CFT do Algarve. Havia sempre duas regras para jogar, que eram a camisola para dentro dos calções e a meia abaixo do joelho. Desde aí que cumpro a regra, rigorosamente, e foi uma coisa a que me fui habituando. Já não sei se a blusa para fora é mais confortável, ou não, neste momento jogo sempre de blusa para dentro. Então, fico confortável, e ficou uma imagem de marca”, conta.
“Claro que assusta [desafio no PSG]”
Por fim, João Neves antecipa aquilo que o espera nos milionários do Paris Saint-Germain, clube com o qual assinou até 2029. “Claro que assusta, saio da minha zona de conforto. Tenho presente na minha cabeça que sou muito acarinhado aqui, desde o primeiro dia, em que me estreei na equipa A. E mesmo no primeiro treino, pelos meus colegas e pelo staff, por toda a gente. Vou sair para um país diferente, para uma realidade diferente, língua diferente. Ainda não estou muito seguro do que é que eu posso fazer lá, mas vou dar o meu máximo. Essa é a minha natureza, dar o meu máximo onde quer que eu esteja, porque sei que, se der o meu máximo, estarei sempre mais próximo de alcançar os meus objetivos. Tal como fiz aqui desde o início, lá vou fazer também desde o começo”, termina.
Fotos: Reprodução Paris Saint-Germain