Jermaine Pennant, do Porsche abandonado aberto numa estação ao só saber pedir cerveja em espanhol

Jermaine Pennant, do Porsche abandonado aberto numa estação ao só saber pedir cerveja em espanhol

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Jermaine Pennant, do Porsche abandonado aberto numa estação ao só saber pedir cerveja em espanhol

Jermaine Pennat, a antiga promessa do futebol inglês, fala sobre os excessos da carreira e recorda a passagem pelo campeonato espanhol.

Artigo de Bruno Seruca

06-01-2020

Jermaine Pennant é provavelmente um dos jogadores mais brilhantes da sua geração. Sendo que o maior problema é que também é daqueles com menos cabeça. Algo que ajuda a explicar o motivo pelo qual o seu último clube tenha sido o modesto Billericay Town FC, das divisões inferiores do futebol inglês. Ainda assim, Pennant, de 36 anos, está avaliado em 500 mil euros, não tendo colocado, pelo menos oficialmente, um ponto final na carreira. Numa altura em que está sem clube, o extremo deu uma entrevista em que abriu o livro dos excessos da sua vida.

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Foi em conversa com o El Periódico de Aragón, que Jermaine Pennant falou sobre os erros cometidos ao longo da carreira. Tendo centrado boa parte da conversa no período em que representou o Real Zaragoza, algo que aconteceu em 2009/10. O jogador começa por revelar como foi a estreia a titular pelo Arsenal. Algo que dá para perceber como seria o resto da carreira.

“Recordo-me do primeiro jogo a titular pelo Arsenal, frente ao Southampton. Tinha apenas 19 anos e na noite anterior decidi ir a uma festa”

“Foi um estilo de vida que me saiu bastante caro em diversas ocasiões, ainda que noutras não. Recordo-me do primeiro jogo a titular pelo Arsenal, frente ao Southampton. Tinha apenas 19 anos e na noite anterior decidi ir a uma festa. Recordo-me de tomar o pequeno-almoço num McDonald’s. Foi a pior preparação possível. Marquei um hat-trick, embora estivesse com uma ressaca terrível. Os meus companheiros de quarto chamaram-me tudo”, recorda ao jornal.

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Jermaine Pennant aborda ainda a relação com os treinadores, em especial com Marcelino García Toral, o técnico do Zaragoza aquando da sua passagem pelo campeonato espanhol. “Fiz saltar a tampa a todos os meus treinadores, coitado do Marcelino. Era duro, severo e às vezes fartava-se depressa. Mas gostava muito dele, era genial. Recordo-me que vinha muitas vezes ter comigo e dizia: ‘Como vão essas aulas de espanhol?’ Não conseguia conter o riso e assentia”, conta. “Conseguia dizer algumas palavras sobre futebol, recordo isso e de ‘duas cervejas, por favor’”, partilha.

“Conseguia dizer algumas palavras sobre futebol, recordo isso e de ‘duas cervejas, por favor’”

O jogador dá ainda a conhecer uma das noites mais loucas que viveu em Espanha. E que, para não variar, foi partilhada com Frank Songo’o, filho de Jacques Songo’o, ex-guarda-redes do Deportivo, o seu parceiro nas aventuras noturnas. “Foi uma viagem terrível até Barcelona. Fomos porque estávamos com umas raparigas e tínhamos de apanhar o comboio às 6h30 da manhã para chegar a tempo de treinar. Mas atrasou-se e ficámos com problemas. O doutor Villanueva estava sempre a ligar-me para saber onde estava, mas não lhe respondia. O meu tradutor disse que estava em minha casa e que viu que não estava lá ninguém. Cheguei e fiz com que acreditassem que estava a dormir e que não podia responder”, diz. Pennant conta ainda que chegou a pedir desculpas aos jogadores da equipa pelos seus comportamentos.

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Mas esta não é a única história que envolve um comboio. Há mais para contar e desta vez o jogador acabou por se esquecer do Porsche numa estação. “Tinha que apanhar um comboio para Madrid, para apanhar um voo para Manchester e assinar contrato com o Stoke City. Era 31 de agosto [dia do fecho de mercado de transferências] e estava prestes a perder o comboio. Se o perdesse, acabava. Acabei por sair do Porsche Cayenne e deixei as chaves no porta-luvas do carro. Sabia que voltaria para apanhar o carro, não sou assim tão mau para abandonar um carro tão caro. Disse ao meu tradutor para ir à estação, apanhar o carro e pagar o estacionamento. Ele tinha que pagar quase 500 euros. Disse para não se preocupar que o carro estava aberto. O pobre homem estava alucinado. ‘Um Porsche abandonado e aberto. Estás louco?’, disse-me”, partilha Pennant.

“Tive que amadurecer rapidamente, ser forte quando era apenas uma criança”

Sem ter o objetivo de se justificar com isso, Jermaine Pennant abordou a infância complicada que o marcou. “Vivi uma infância difícil e isso sempre fará parte de mim. Tive de crescer sozinho com o meu pai, que tinha problemas com drogas. Vivi a cultura de gangues, mas sempre tive as minhas prioridades claras. Tive que amadurecer rapidamente, ser forte quando era apenas uma criança”, conclui.

Fotos: Reprodução Instagram

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Artigo de
Bruno Seruca

06-01-2020



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