O Grupo C da atual edição da Liga dos Campeões tem feito jus à designação de “grupo da morte”. Quando foi conhecido o sorteio, adivinhava-se que Liverpool, Paris Saint-Germain e Nápoles riam discutir palmo a palmo a passagem aos oitavos de final.
Essas previsões revelaram-se acertadas e à entrada para a última jornada, qualquer um dos três pode passar: para já, a liderança é do Nápoles, com um ponto de avanço sobre o Paris Saint-Germain e mais três do que o Liverpool. O empate em Anfield basta aos italianos, mas se a formação de Carlo Ancelotti perder e os franceses derrotarem o Estrela Vermelha na Sérvia, o Nápoles ficará de fora.
Cão assume papel de guarda-redes e evita golo. Veja o vídeo:
As contas ficam mais complicadas se os franceses empatarem na Sérvia com o Estrela Vermelha e os ingleses derrotarem os italianos em Anfield. Nesse caso, os três terminarão empatados com nove pontos.
Como o confronto direto é o primeiro critério de desempate, num cenário de empate triplo será preciso ignorar os resultados contra o lanterna Estrela Vermelha. Nesse caso, formar-se-ia um minigrupo entre os três líderes, e o Liverpool conseguiria qualificar-se, por somar seis pontos nos confrontos com os dois rivais. Paris Saint-Germain e Nápoles ficariam com cinco, sendo que os franceses levariam vantagem em boa parte das combinações. Os italianos só avançariam nesse cenário em caso de derrota por um golo em Anfield e teria de ser por 4-3, 5-4, 6-5 e por aí em diante, pois nesse caso teriam marcado mais golos do que o Paris Saint-Germain neste minigrupo.
Golo de Insigne pode ter sido a chave
O golo de Lorenzo Insigne aos 90 minutos do Nápoles-Liverpool, que ditou a vitória italiana por 1-0, pode muito bem vir a revelar-se como o momento mais importante deste grupo. O avançado italiano de 27 anos está em grande forma será certamente uma das grandes preocupações de Jürgen Klopp para o escaldante confronto desta terça-feira.
A realizar uma magnífica época, Insigne já marcou dez golos em 19 partidas e se mantiver a média pode aspirar a superar a melhor marca ao serviço dos napolitanos (20 golos em 49 partidas, em 2016/17). Carlo Ancelotti tem-no utilizado muitas vezes numa posição mais central no ataque em vez do seu original lugar como extremo esquerdo, o que ajuda naturalmente a que possa visar mais vezes as balizas adversárias.
Falta-lhe ganhar títulos coletivos
Insigne não esconde a satisfação pelo bom momento. “Acho que tem sido o meu melhor ano, se olharmos para as estatísticas”, referiu em conferência de imprensa recente. Ainda assim, não está totalmente satisfeito, lembrando que “o Nápoles tem de ganhar alguma coisa, mesmo sabendo que é difícil porque existe uma grande equipa [Juventus] com um grande plantel que está na liderança do futebol italiano”.
De facto, o SSC Nápoles já é conhecido como o “eterno segundo”, pois terminou nessa posição em três dos últimos campeonatos. Esta temporada, para não variar, ocupa esse lugar.
SSC Nápoles pede 200 milhões pelo seu passe
Figura essencial no plantel do Nápoles nos últimos sete anos, Lorenzo Insigne tem sido apontado a grandes clubes do futebol europeu e nos últimos dias surgiram notícias do interesse do Chelsea e do Bayern Munique nos seus serviços. A verdade é que se tem mantido no seu clube de (quase) sempre – foi no SSC Nápoles que cumpriu a formação desde os 15 anos e só esteve emprestado três épocas, entre os 18 e os 20 anos, ao USD Cavese, ao Foggia Calcio e ao Pescara Calcio.
A avaliar pelo dinheiro que o presidente Aurelio De Laurentiis pede pelo seu passe, não deixará o San Paolo nos próximos tempos. “Combinei com o Raiola, o empresário do Insigne, que só o venderemos por 200 milhões de euros”, revelou em setembro. Até hoje, só Neymar custou mais dinheiro, quando trocou o FC Barcelona pelo Paris Saint-Germain no verão de 2017.
A polémica com Higuaín
Lorenzo Insigne é um dos jogadores que encarna a mística do Nápoles. “Jogar por este clube sempre foi o meu sonho. É um orgulho estar aqui e espero permanecer por muitos anos”, confessa.
O avançado não se importa de “comprar guerras” com aqueles que, na sua opinião, atacam o clube. Em dezembro de 2017 entrou em polémica com o seu ex-colega Gonzalo Higuaín, que na altura representava a Juventus e festejou efusivamente um golo marcado ao Nápoles. “No ano passado não festejou os golos contra nós, mas desta fez, festejou. Não esteve bem e deveria mostrar mais respeito pelos seus antigos colegas. Diz que é nosso amigo, envia-nos mensagens no dia anterior ao jogo e agora faz-nos isto. O que lhe disse em campo? Foi em napolitano, não posso repetir aqui, mas posso assegurar que ele me percebeu”, revelou.
As brincadeiras com Balotelli
Insigne é presença assídua na seleção italiana, somando 30 internacionalizações e quatro golos. Conhecido pela boa disposição, é um dos melhores amigos de Mario Balotelli e costuma pregar partidas ao avançado do OGC Nice. Durante um estágio realizado em setembro, publicou um vídeo nas redes sociais que se tornou viral, no qual pregou um susto de morte ao companheiro de equipa.
A relação com a bela Jessica
Fora dos relvados, Insigne também parece passar por uma excelente fase, ao lado da sua mulher, Jessica Melena. Amigos de escola na adolescência, acabaram por seguir caminhos diferentes, mas voltaram a encontrar-se mais tarde, pois tinham amigos comuns. Acabaram por se apaixonar, casaram-se e têm dois filhos em comum. E não têm problemas em partilhar momentos privados nas redes sociais.
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