10 penáltis “à Panenka” que não correram nada bem

Guedes, avançado do Rio Ave, tentou marcar uma grande penalidade “à Panenka” no último jogo com o Tondela, mas a ousadia custou-lhe cara e permitiu a defesa do guarda-redes Cláudio Ramos, que assim evitou o 2-0 para os vilacondenses. O pior veio depois – o treinador Miguel Cardoso, desagradado com a forma displicente como o lance foi cobrado, substituiu-o de imediato (e estávamos apenas com 38 minutos de jogo) e Guedes não escondeu a insatisfação.

Grande parte do público tomou partido do jogador, assobiando a decisão de Miguel Cardoso e aplaudindo o jogador, que até atirou a camisola para a bancada, como forma de agradecimento. Resta acrescentar que o falhanço de Guedes custou dois pontos ao Rio Ave, uma vez que o resultado final foi um empate a uma bola.

Ronaldo, Neymar e outros craques também não conseguiram imitar Panenka

“Tirar o Guedes foi uma decisão minha. Vou guardar para mim e no local próprio, com as pessoas próprias, comentarei aquilo que aconteceu pessoalmente. A reação dos adeptos? Tenho um respeito muito grande pelos adeptos do Rio Ave, pela cidade e pelo clube. Mas as pessoas tiveram esta reação porque não são conhecedoras de todos os dados. Se tivessem outras ferramentas também teriam outras respostas”, afirmou Miguel Cardoso, no final da partida.

Recordamos outros nove casos de más fotocópias do gesto técnico do antigo futebolista, que deu a vitória à Checoslováquia na final do Euro-76, diante da RFA, no desempate por penáltis.

Cristiano Ronaldo (Real Madrid)
Não é nada habitual Cristiano Ronaldo tentar marcar uma grande penalidade “à Panenka”. Em dezembro de 2013 fê-lo com o FC Copenhaga e permitiu a defesa do guardião dinamarquês. No entanto, a falha não foi assim tão grave pois o Real Madrid ganhou esse jogo e CR7 até marcou um golo.

Jackson Martínez (FC Porto)
Este jogo entre o FC Porto e o Rio Ave, realizado em 2013, estava empatado a zero, mas isso não foi suficiente para impedir Jackson Martínez de tentar marcar “à Panenka”, talvez porque do outro lado estava um jovem guarda-redes de 20 anos. O colombiano estaria longe de imaginar que esse guarda-redes, chamado Jan Oblak, pertenceria poucos anos depois à elite dos melhores do mundo na posição. Mas pela forma como o colombiano cobrou o lance, na baliza até poderia estar um guarda-redes dos infantis do Rio Ave que possivelmente o destino final da bola também seria as mãos desse rapaz.

Kelvin (FC Porto)
Mais um jogador do FC Porto que não teve sucesso nesta forma de bater grandes penalidades. Desta vez foi Kelvin, em 2012, mas valeu ao brasileiro o facto de se ter tratado de um jogo particular com o Valência. Do outro lado estava Diego Lopes, possivelmente o melhor especialista do mundo em parar penáltis.

Romário Baldé (Benfica)
Romario Baldé tentou imitar Panenka num jogo da UEFA Youth League, entre o Benfica e o Shakhtar Donetsk, mas o gesto técnico saiu-lhe tão mal que não será exagero classificar este como um dos penáltis mais ridículos de que há memória. Ainda cima os encarnados perderam por 4-5 e foram eliminados.

Andrea Pirlo (AC Milan)
Andrea Pirlo é um dos melhores marcadores de grandes penalidades ao estilo de Panenka. Mas também ele está sujeito ao erro, como neste caso. Nada de muito grave, pois em discussão estava apenas a edição de 2010 do Troféu Juan Gamper, com o Barcelona.

George Calintaru (Juventus de Bucareste)
A Juventus de Bucareste perdia com o rival Steaua por 2-1, quando dispôs de uma grande penalidade aos 90’+5 minutos. George Calintaru foi muito displicente e atirou à figura do guarda-redes Florin Nita. Valentin Barbulescu não gostou nada da forma como o colega de equipa bateu o penálti e empurrou-o. Quanto a Calintaru, deu um soco na parede do túnel de acesso aos balneários e partiu um dedo.

Francesco Totti (AS Roma)
Até os melhores do mundo por vezes fazem figuras ridículas, como foi o caso do mítico Francesco Totti. Na meia final do Europeu 2000, o italiano conseguiu enganar Van der Sar com um penálti à Panenka. Uns anos depois, decidiu repetir o gesto, com outro guarda-redes, mas desta vez sem sucesso.

Mickaël Landreau (Nantes)
Landreau, guarda-redes do Nantes, foi o responsável pelo quinto remate no desempate por grandes penalidades frente ao Sochaux, na final da Taça da Liga francesa de 2003/04. Falhou, voltou para a baliza, onde não conseguiu defender a grande penalidade seguinte marcada pelo adversário e logo a seguir um dos seus colegas falhou outro penálti. E lá foi o Nantes à vida.

Neymar (Santos)
Em 2012, quando ainda representava o Santos e era muitas vezes acusado de ser muito imaturo, Neymar decidiu inventar num jogo com o Vitória da Bahia. Lee Winston, guarda-redes que em 2016/17 passou pela Académica defendeu e estamos convencidos que a nossa avó também o teria conseguido sem grandes dificuldades.