Na final da Champions, ninguém é tão forte como Real Madrid e Liverpool

Na final da Champions, ninguém é tão forte como Real Madrid e Liverpool

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Na final da Champions, ninguém é tão forte como Real Madrid e Liverpool

Ao todo disputaram 22 finais da Taça/Liga dos Campeões e só foram derrotadas em cinco delas. Como será este sábado na final da Champions?

Artigo de André Cruz Martins

25-05-2018

Liverpool FC e Real Madrid enfrentam-se este sábado, na explosiva final da Liga dos Campeões, em Kiev. De um lado, o clube espanhol, de longe o mais titulado na competição, com um total de 12 troféus conquistados, bem acima do AC Milão, segundo com mais vitórias (sete). Do outro, a formação inglesa, terceira com mais troféus na prova, em igualdade com FC Barcelona e Bayern Munique (cinco).

Mais extraordinário é o facto destes dois colossos do futebol europeu terem disputado, em conjunto, 22 finais da mais importante competição europeia de clubes, tendo sido derrotados apenas em cinco desses jogos decisivos.
O Real Madrid chegou a 15 finais e perdeu três, enquanto o Liverpool FC disputou sete e só foi derrotado em duas ocasiões. Não há quem tenha melhor percentagem de vitórias, considerando os outros clubes que disputaram pelo menos três finais: 80 por cento para o Real Madrid e 71 por cento para o Liverpool FC

O AC Milão ganhou sete e perdeu quatro, o FC Barcelona venceu cinco e foi derrotado em três, o Bayern Munique ganhou cinco e perdeu igual número de vezes, o Ajax venceu quatro e perdeu duas, o Manchester United tem três vitórias e duas derrotas, o Inter Milão ganhou três e perdeu duas, a Juventus apresenta dois triunfos e sete desaires e o Benfica duas vitórias e cinco derrotas.

Benfica “roubou” um troféu ao Real Madrid

Depois de ter ganho as cinco primeiras edições da Taça dos Clubes Campeões Europeus, o Real Madrid foi surpreendido pelo Benfica, na temporada de 1961/62, num encontro fantástico que terminou em 5-3 para os portugueses. Eusébio bisou e os outros golos dos encarnados foram da autoria de José Águas, Cavém e Coluna. Puskas fez um “hat-trick” pelos espanhóis.

Apenas dois anos depois, foi a fez do Inter Milão ser desmancha-prazeres para o gigante de Madrid, ao vencer por 3-1, com um bis de Mazzola e um golo de Milani. Felo marcou o golo de honra dos “merengues”. Desde então, o Real Madrid disputou mais oito finais e só numa ocasião foi derrotado: em 1980/81, precisamente pelo FC Liverpool, na única vez em que os dois se encontraram no jogo decisivo, sem contar, claro, com o próximo sábado.

Nessa ocasião, bastou um golo de Kennedy, aos 82 minutos, para os ingleses fazerem a festa. Uma das grandes figuras dessa equipa era Graeme Souness (futuro treinador do Benfica), autor de seis golos na prova.
Desde essa derrota diante do FC Liverpool, o Real Madrid conquistou seis vitórias em seis finais, três delas nas últimas quatro temporadas.

Liverpool com trauma italiano

Foi só a partir da década de 70 que o FC Liverpool se afirmou como clube dominador no futebol europeu. A sua primeira final na Taça dos Campeões Europeus ocorreu em 1976/77 e desde então esteve presente em mais seis. Ou seja, tem o mesmo número de finais do que o Real Madrid desde a década de 70.

Em 1976/77 e 1977/78 o FC Liverpool ganhou a competição, curiosamente diante de dois clubes pouco habituados a estas andanças: o Borussia Mochengladbach e o Club Brugge. Em 1980/81 bateu o Real Madrid e em 1983/84 a AS Roma, neste caso no desempate por grandes penalidades.

Seguiu-se a derrota com a Juventus em 1984/85, mas bem pior do que ter perdido o jogo foi a tragédia de Heysel, em que 39 pessoas perderam a vida e mais de 600 ficaram feridas, na sequência de confrontos entre adeptos dos dois clubes, com muitas pessoas a ficarem esmagadas contra as grades das bancadas.

Em 2004/05, numa das mais loucas finais da Liga dos Campeões, o FC Liverpool chegou ao intervalo a perder 0-3 com o AC Milão (golos de Maldini e um bis de Crespo) mas chegou ao empate, por Gerrard, Smicer e Alonso (entre os minutos 54 e 60), acabando por ser mais feliz no desempate por grandes penalidades. Em 2006/07, na última presença dos “reds” no jogo decisivo, o AC Milão vingou-se e ganhou por 2-1, com um bis de Inzaghi e com Dirk Kuyt a reduzir aos 89 minutos.

Já percebemos que a história nos mostra que estes dois grandes clubes quase nunca falham nos momentos decisivos da mais importante competição europeia de clubes. A ver vamos o que acontecerá no sábado, naquele que também será um confronto entre Cristiano Ronaldo, considerado o melhor jogador do mundo nos dois últimos anos, e Mohamed Salah, um dos novos pretendentes ao trono.

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Artigo de
André Cruz Martins

25-05-2018



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