FC Porto e Desportivo das Aves disputam este sábado a Supertaça, o primeiro troféu a ser entregue na nova época, com o jogo a começar às 20h45, no Estádio Municipal de Aveiro. E apesar da pré-época dos dragões não ter sido entusiasmante, poucos duvidam do seu favoritismo diante de uma equipa que vai jogar a sua primeira Supertaça, depois de ter vencido o Sporting na última final da Taça de Portugal.
O FC Porto arrancou 2018/19 “perro” e somou duas derrotas nas últimas semanas, primeiro diante do Portimonense (2-1) e depois frente ao Lille, pelo mesmo resultado. Depois disso, já deixou melhores indicações na recente vitória com o Everton (1-0) e mesmo no empate sem golos com o Newcastle United (0-0).
Dragões com problema no centro da defesa
É notório o problema que Sérgio Conceição tem enfrentado no centro da defesa, em que apenas Felipe se constitui como opção de indiscutível qualidade. Chidozie desiludiu quando chamado à ação e apesar de Diogo Leite estar a ser uma boa surpresa, ainda revela naturais insuficiências. E para agravar o cenário, o reforço Mbemba, proveniente do Newcastle United, lesionou-se no joelho esquerdo e vai estar ausente mais algumas semanas.
Daí que os dragões estejam no mercado em busca de mais uma solução para esta posição, apesar da chegada iminente de Éder Militão, que também joga como defesa direito e que se juntará ao plantel no início da próxima semana.
Quatro saídas importantes no Desp. Aves
Quanto ao Desportivo das Aves, viu sair jogadores importantes como o guarda-redes Quim, o ponta de lança Alexandre Guedes, autor dos dois golos na final da Taça de Portugal, o central Carlos Ponck e o médio Ryan Gauld. As aquisições mais sonantes foram Michel Douglas, ponta de lança brasileiro proveniente do CSA, segundo classificado da Série B do Brasil e o guarda-redes Quentin Baunardeau, que chegou do FC Metz e que foi decisivo na primeira partida oficial da época: travou uma grande penalidade no jogo da Taça da Liga com o Santa Clara, no desempate na linha dos 11 metros, depois da igualdade a duas bolas no final dos 90 minutos.
História aconselha cuidado aos dragões
Se existe competição nacional em que as surpresas não abundam é a Supertaça. Em 21 finais entre um clube “grande” e um clube “pequeno” só em quatro é que o favorito foi derrotado. No entanto, isso aconteceu sempre com o FC Porto.
Tudo começou logo na primeira edição, em 1979, com o Boavista a ser mais forte em pleno Estádio das Antas, triunfando por 2-1. Em 1988, foi a vez do V. Guimarães, que venceu na cidade-berço por 2-0 e empatou 0-0 no Dragão. Refira-se que entre 1980 e 2000 a prova disputou-se em duas mãos.
Em 1992, o Boavista voltou a ser desmancha-prazeres, ao ganhar por 2-1 nas Antas e empatando 2-2 no Bessa. Finalmente, o mesmo Boavista voltou a ser mais forte em 1997 (2-0 no Bessa e derrota por 1-0 nas Antas). Ou seja, há 21 anos que os azuis e brancos não são surpreendidos por uma equipa dita pequena, isto em nove finais que disputaram nessas circunstâncias desde esse ano.
FC Porto é o grande dominador
Ainda assim, o FC Porto sofreu três derrotas nestes últimos 21 anos, sempre aos pés do Sporting. O clube leonino é a sua “besta negra”, pois derrotou-os nas quatro finais em que se defrontaram. Já o Benfica tem sido o “bombo da festa”, com o FC Porto a ganhar dez finais em onze.
Contas feitas, os azuis e brancos venceram 20 finais da Supertaça e perderam nove, sendo os grandes dominadores da competição, seguidos pelo Sporting, com oito troféus (mas só uma derrota) e Benfica, com sete triunfos (e 12 finais perdidas).
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