Este é o onze das maiores revelações do Mundial da Rússia

Este é o onze das maiores revelações do Mundial da Rússia

Desporto

Este é o onze das maiores revelações do Mundial da Rússia

Conheça os heróis improváveis que brilharam ao longo do último mês.

Artigo de André Cruz Martins

16-07-2018

Terminado o Campeonato do Mundo, é tempo de fazer contas relativamente ao melhor que se viu em terras russas durante o último mês. Nas próximas linhas, elegemos o onze das maiores revelações da competição, que neste âmbito cabem jogadores perfeitamente desconhecidos que saltaram para a ribalta, como Pavard, ou outros que já tinham levantado um pouco o véu a respeito das suas qualidades, mas só agora se assumiram como estrelas de primeira grandeza, como o russo Cheryshev ou o croata Rebic.

O setor defensivo

Na baliza, escolhemos o inglês Jordan Pickford. O lugar de guarda-redes levantava grandes dúvidas na equipa comandada por Gareth Southgate, mas o futebolista do Everton respondeu à altura, sendo absolutamente decisivo na caminhada até às meias-finais. Na memória ficou o seu desempenho no desempate por grandes penalidades com a Colômbia, no jogo dos oitavos de final. Foi apontado como forte candidato ao troféu de melhor guarda-redes da competição, mas o belga Courtois foi o vencedor.

O defesa direito é Benjamin Pavard. Se já foi uma surpresa a sua presença no lote de 23 convocados de França, certamente poucos imaginariam que iria ganhar o lugar ao seu companheiro Djibril Sidibé. Começou a ser notado depois do golão que marcou no jogo dos oitavos de final, com a Argentina, e mostrou-se um lateral seguro a defender e sagaz no apoio ao ataque. Joga nos alemães do Vfb Estugarda e há dois anos estava no quarto escalão do futebol francês, ao serviço da equipa B do Lille OSC.

Um dos centrais é o colombiano Yerry Mina. No último mercado de janeiro, transferiu-se do Palmeiras para o FC Barcelona, mas só fez seis jogos pelos espanhóis. As excelentes exibições que realizou no Mundial, não só a defeander, mas principalmente a atacar- igualou os alemães Andreas Brehme e Paul Breitner como os únicos defesas com três golos marcados num Mundial – não parecem ser suficientes para convencer os “blaugrana” e deverá ser emprestado, com o Everton de Marco Silva, Tottenham e Fenerbahçe entre os interessados.

O lateral que é cobiçado pelo Benfica

O outro central eleito é o inglês Harry Maguire. Há dois anos jogava no segundo escalão de Inglaterra e esteve no Euro 2016, mas como adepto. Na Rússia, o futebolista do Leicester City foi um dos melhores da sua seleção, esteve praticamente intransponível na defesa e marcou um golo muito importante, no jogo dos quartos de final, com a Suécia.

O lado esquerdo da defesa é para o uruguaio Diego Laxalt. O jogador do Génova CFC, que é cobiçado pelo Benfica, agarrou a titularidade depois de uma grande exibição frente à Rússia e destacou-se pela facilidade com que faz todo o corredor esquerdo. O jogador de 25 anos chegou ao Inter Milão aos 20, mas nunca chegou a representar os “nerazzurri”. Foi considerado uma promessa adiada, mas afinal ainda vai muito a tempo de construir uma grande carreira.

Os eleitos do meio-campo

A trinco, elegemos outro uruguaio, Oscar Torreira. Estreou-se na seleção celeste em março, transferiu-se para o Arsenal em pleno Campeonato do Mundo e em janeiro de 2017 esteve nos planos do FC Porto. As suas capacidades não se restringem ao plano defensivo, sendo exímio no passe e no lançamento dos seus colegas mais adiantados. Agora, Luis Suárez já sabe quem ele é, ao contrário do que sucedeu em agosto de 2016, quando FC Barcelona e Sampdoria se defrontaram para o Troféu Joan Gamper.

O colombiano Juan Quintero confirmou finalmente as qualidades que sempre lhe foram apontadas mas que raramente foram vistas ao serviço do FC Porto. Grande parte do jogo ofensivo dos “cafeteros” neste Mundial passou pelos seus pés e marcou um golo de livre direto, no jogo com o Japão. Está emprestado pelos dragões ao River Plate até dezembro deste ano, mas tem-se falado do interesse de clubes como os russos do FC Krasnodar e até de colossos como o Real Madrid, Juventus e Chelsea.

Ainda no meio campo, surge o russo Golovin. Formado no CSKA Moscovo, o prodígio de 22 anos que tanto pode jogar no centro como no flanco esquerdo, fez parte das seleções russas de sub-17 em 2013 e sub-19 em 2015, tendo sido, respectivamente, campeão e vice. Deslumbrou no Campeonato do Mundo, de tal forma que o CSKA Moscovo já parece muito pequeno para ele. Chelsea e Arsenal são fortes candidatos a recebê-lo na próxima temporada.

Um ataque móvel e mortífero

No ataque, começamos por escolher o croata Rebic, uma autêntica locomotiva que faz qualquer posição na frente. Marcou um grande golo à Argentina e sofreu duas grandes penalidades (com a Nigéria e com a Dinamarca) e para além da óbvia qualidade que deu ao jogo ofensivo da sua seleção, destacou-se pelo estilo brigão e até algo conflituoso.

Em maio último, já mostrara que estava em forma, ao bisar na final da Taça da Alemanha, diante do todo poderoso Bayern Munique, “oferecendo” o primeiro título ao Eintracht Frankfurt nos últimos 30 anos. De acordo com notícias dos últimos dias, pode estar a caminho precisamente do Bayern Munique.

O mexicano Hirving Lozano não poderia faltar neste onze de gala. “Abateu” a Alemanha com um golo magnífico e foi possivelmente o melhor jogador da sua seleção neste Mundial. O seu atual clube é o PSV Eindhoven, mas nas últimas semanas foi falado para os gigantes Manchester United, FC Barcelona e Real Madrid. 40 milhões de euros é o preço estipulado pela formação holandesa para efetuar a transferência.

O russo que carregou a equipa com os seus golos

A finalizar o nosso onze encontra-se o russo Denis Cheryshev, autor de quatro golos no Campeonato do Mundo, os mesmos que Lukaku, Mbappé, Griezmann e Cristiano Ronaldo e só atrás de Harry Kane, que apontou seis. Cheryshev é uma antiga promessa do Real Madrid que nunca conseguiu afirmar-se no clube espanhol.

Aliás, a sua utilização irregular num jogo da Taça do Rei da época de 2012/13 levou à exclusão dos “merengues” da prova. Depois de uma época modesta no Villarreal, em que só marcou quatro golos, poucos apostavam na sua “explosão” no Campeonato do Mundo, mas a verdade é que foi uma das grandes figuras de uma equipa que surpreende ao chegar aos quartos de final.

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André Cruz Martins

16-07-2018



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