Diego, o capitão de Jorge Jesus já foi agredido pelos adeptos do Flamengo

Diego, o capitão de Jorge Jesus já foi agredido pelos adeptos do Flamengo

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Diego, o capitão de Jorge Jesus já foi agredido pelos adeptos do Flamengo

Depois de passagens negativas por vários clubes, o antigo jogador do FC Porto é uma das estrelas do clube brasileiro e até ficou chateado por não ir ao Mundial.

Artigo de André Cruz Martins

15-07-2019

Jorge Jesus estreou-se com uma vitória no Flamengo, ao bater o Madureira por 3-1, no jogo amigável que antecedeu a estreia oficial frente ao Goiás. Diego, antigo jogador do FC Porto e capitão da equipa, marcou o primeiro golo, e teceu rasgados elogios ao treinador português. “É o técnico que mais exigiu da equipa até agora. Vamos abraçar, comprar a ideia. Sabemos a oportunidade que temos. Todos estão cansados, mas muito motivados. Também queremos excelência. É promissor. Expectativa muito boa. A reação da equipa tem sido boa. Falam como se o plantel não estivesse preparado. Que fique claro que não temos problemas em trabalhar”, frisou o jogador nas primeiras  semanas de Jorge Jesus no comando técnico do clube.

Muitos já o davam como acabado, mas Diego, médio ofensivo brasileiro que passou sem sucesso pelo FC Porto, está a viver uma fase de fulgor ao serviço do Flamengo. O seu nome chegou a ser falado para integrar os convocados da seleção canarinha para o último Campeonato do Mundo e, sem falsas modéstias, o próprio futebolista de 34 anos sublinhou que merecia ter sido chamado.

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“Se o Tite depositasse confiança em mim, eu ia corresponder. Perco por não ir a uma competição destas, mas a seleção também fica a perder por não contar com a minha experiência”, referiu na altura. De acordo com a imprensa brasileira, Diego discutiu uma vaga nos 23 convocados com Renato Augusto e poderia eventualmente aproveitar os problemas físicos deste último, mas Tite manteve a confiança no futebolista que joga na China.

Diego culpou dirigentes pelo fracasso no FC Porto

Com apenas 16 anos, Diego foi incorporado no plantel sénior do Santos, o clube onde cumpriu quase toda a formação. Com apenas 17 anos e numa equipa em que também despontava Robinho, tornou-se o campeão nacional brasileiro mais novo da história e foi o segundo melhor marcador da equipa, com 10 golos, isto para além de ter sido eleito para o onze ideal do campeonato.

No entanto, apesar de continuar a ser um dos bons valores do futebol brasileiro, não teve a evolução que muitos perspetivavam. Entre 2004 e 2006 teve uma passagem discreta pelo FC Porto, embora logo a seguir, tenha recuperado a aura no Werder Bremen e foi eleito o melhor jogador do campeonato alemão na sua primeira época.

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Em 2009, quando representava o clube alemão e em entrevista ao jornal “ O Jogo”, falou em dois grandes objetivos que nunca chegaram a ser concretizados. “Tenho o sonho de trabalhar com Mourinho! É sem dúvida um dos melhores treinadores do mundo e tenho o desejo de ser o melhor jogador do mundo. Acho que tenho todas as qualidades para isso. Sou jovem, tenho apenas 24 anos e por isso ainda há muito tempo para cumprir esse objetivo”, referiu.

Sobre o fracasso que constituiu a sua passagem pelo FC Porto, lamentou “a incompetência dos dirigentes, que não permitiram que um grande grupo de jogadores realizasse uma época à altura das suas potencialidades”.
Depois de ter jogado no Werder Bremen entre 2006 e 2009, chegou à Juventus, onde cumpriu uma época mediana. No início da temporada seguinte voltou à Alemanha, mas para o VfL Wolfsburg. Passaria ainda pelo Atlético de Madrid, com rendimento sofrível, e pelo Fenerbahçe, em 2014/15 e 2015/16, também sem sucesso.

Feliz no Flamengo, mas foi agredido pelos adeptos

Em julho de 2016 assinou pelo Flamengo, regressando ao futebol brasileiro, 12 anos depois de ter saído. Quando assinou, revelou que sempre teve o sonho de jogar no clube. “Mais do que os números, são as letras que importam. E foi por isso que eu escolhi jogar no Flamengo. Não sei ainda o número que estará na parte de trás da minha camisa, mas sei bem as letras que estarão no escudo que fica ali no lado esquerdo do peito: CRF. Assim como todos os jogadores se preocupam com os números, também sonham em vestir este manto sagrado e ter o seu nome cantado pela nação rubro-negra”.

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E a verdade é que voltou aos grandes momentos. No entanto, a sua passagem pelo “Mengão” não tem tido apenas momentos cor-de-rosa. No final de abril de 2018, chegou a ser levemente agredido à saída do autocarro da equipa por alguns adeptos que contestavam o mau momento da equipa e a alegada falta de empenho, elegendo-o como principal alvo, pelo facto de ser o mais conceituado do plantel. Teve de ser protegido por seguranças que evitaram males maiores.

“Nada vai mudar, eu amo esses torcedores e jamais esquecerei os momentos que me proporcionaram. No entanto, não foi uma quase agressão, houve mesmo agressão. Não podemos generalizar e a torcida do Flamengo é maravilhosa. Gostaríamos de corresponder, mas nem sempre conseguimos. Podemos errar na pontaria, mas jamais por omissão”, referiu.

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Artigo de
André Cruz Martins

15-07-2019



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