10 duplas atacantes de sonho

10 duplas atacantes de sonho

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10 duplas atacantes de sonho

Cristiano Ronaldo e Paulo Dybala prometem uma parceria de luxo na Juventus, ao nível de outras parelhas que marcaram ou ainda estão a marcar o futebol mundial.

Artigo de André Cruz Martins

25-07-2018

Com a chegada de Cristiano Ronaldo, os adeptos da Juventus já sonham com a dupla de sonho que o avançado português deverá fazer com Paolo Dybala. O argentino era a estrela da companhia da “Vechia Signora”, papel que certamente cederá a CR7, mas os “tiffosi” esperam que o jovem de 24 anos seja o seu ajudante perfeito.

Se olharmos para os números das três últimas temporadas, verificamos que Cristiano Ronaldo fez um total de 137 golos, enquanto a “performance” de Dybala foi menos exuberante, mas não deixa de impressionar, até porque não se trata de um ponta de lança: faturou em 68 ocasiões. Juntos renderam assim 205 golos nas últimas três temporadas, à média de 68 por época.

Entretanto, recordamos dez duplas de sonho que marcaram o futebol mundial, uma escolha obviamente subjetiva pois muitas outras poderiam ser mencionadas. Cinco duplas são de um passado não muito distante e outras cinco ainda estão em ação nos dias de hoje. Será que CR7 e Dybala também vão ascender a esta galeria de duplas imortais?

Lionel Messi e Luis Suárez (FC Barcelona)

25+59+37+31=152; 58+41+54+45=198. Nestas contas de matemática, a primeira soma de 152 diz respeito aos golos marcados por Luis Suárez desde que chegou ao FC Barcelona, no início da época de 2014/15. A segunda soma, de 198, refere-se aos golos apontados no mesmo período pelo seu colega de equipa Lionel Messi. Ora se somarmos 198 com 152 chegamos ao bonito número redondo de 350 golos. Ou seja, desde que esta dupla joga junta nos “blaugrana”, marca em média 88 golos por época e por isso é que é considerada a mais letal do futebol mundial.

Nestes quatro anos juntos, os seus golos foram essenciais na conquista de três campeonatos espanhóis, quatro Taças do Rei, uma Liga dos Campeões e um Mundial de Clubes. Prometem continuar a entender-se às mil maravilhas e zangas entre estes dois só no mundo virtual da publicidade:

Mo Salah e Roberto Firmino (FC LIverpool)

Quando Salah ingressou no FC Liverpool muitos adeptos dos “reds” devem ter esfregado as mãos de contentes, pois sabiam que o egípcio se tratava de um excelente futebolista. No entanto, poucos esperariam que ele chegasse ao final da época com qualquer coisa como 44 golos apontados em jogos oficiais.

Salah cedo se entendeu às mil maravilhas com o seu companheiro de equipa Roberto Firmino, autor de 27 golos ao longo da temporada. Ou seja, ao todo, faturaram em 71 ocasiões. E só foi pena que estes números avassaladores não se tenham refletido na conquista de qualquer troféu por parte do FC LIverpool. A Liga dos Campeões esteve muito perto, mas o Real Madrid acabou por levar a melhor na final.

Sergio Agüero e Raheem Sterling (Manchester City)

Ninguém tem marcado tantos golos na Primeira Liga inglesa como Sergio Agüero desde a sua chegada a terras de Sua Majestade, em 2011. Foram 199 em sete temporadas, à média de 28 por época. A última não foi exceção e terminou com 30 bolas no fundo das redes adversárias.

Entretanto, o que deixou os adeptos dos “citizens” deliciados foi a afirmação goleadora de Raheem Sterling na última temporada, com o jovem inglês a ser autor de 23 golos. E para além dos golos, ambos entenderam-se às mil maravilhas, produzindo alguns dos lances mais geniais que se viram esta época em relvados ingleses. Esta dupla teve um peso decisivo no título de campeão nacional do Manchester City, que terminou com um recorde absoluto de 100 pontos e 19 pontos de avanço sobre o segundo classificado, Manchester United.

Kylian Mbappé e Edinson Cavani (PSG)

Antes de ter sido a grande figura do título de campeão mundial da França, Kylian Mbappé “entreteu-se” a dizimar inúmeras defesas no campeonato francês ao serviço do PSG, em dupla com o seu companheiro de equipa Edinson Cavani. Isto sem esquecer que ainda havia um tal de Neymar nas costas. Por alguma razão, o campeão da Ligue 1 terminou a competição com 108 golos marcados

Em jogos oficiais, Mbappé marcou um total de 21 golos na época passada, justificando na plenitude os 135 milhões de euros investidos pelo PSG na sua contratação ao AS Mónaco. Já Cavani fez ainda melhor, faturando em 40 ocasiões e dando sequência ao seu rendimento deslumbrante na cidade das luzes, com um total de 170 golos apontados em cinco temporadas. Em 2018/19, os dois prometem continuar a escrever muitos capítulos desta história de sucesso.

Lorenzo Insigne e Dries Mertens (SSC Nápoles)

O SSC Nápoles pode ter sido campeão italiano apenas nos tempos de Diego Maradona, mas se for perguntado a um adepto italiano isento sobre qual foi a melhor dupla atacante da Série A na última temporada, a maioria das respostas indicaria certamente os pequenos Insigne (1,63 metros) e Mertens (1,69 metros). Com o seu futebol supersónico e tecnicista, o italiano e o belga deram cabo da vida a muitos defesas, tendo marcado um total de 36 golos em 2017/18.

Insigne e Mertens podem não marcar tantos golos como outros jogadores das dez duplas de sonho que escolhemos, mas destacam-se pelo número elevadíssimo de assistências: 49 em 190 jogos do campeonato e Liga dos Campeões ao serviço do SSC Nápoles para Mertens e 51 nos 224 encontros que Insigne disputou em ambas as competições.

Rudd Gullit e Marco Van Basten (AC Milan)

A dupla formada por Rudd Gullit e Marco Van Basten no AC Milan entre 1987/88 e 1992/93 e na seleção holandesa faz parte do imaginário de qualquer pessoa com mais do que 35 anos que cedo tenha aprendido a gostar de futebol. Gullit era um médio de ataque e não tanto um goleador, mas era exímio nas assistências para os pontas de lança e ninguém beneficiou mais com isso do que Van Basten. Já este foi possivelmente o mais elegante ponta de lança que alguma vez se viu num campo de futebol, ao que aliava uma terrível eficácia.

Só ao serviço dos “rossoneri”, Van Basten apontou 127 golos em 206 jogos e isto na era mais cerrada do “catenaccio”, em que tinha de enfrentar defesas duríssimos. Aliás, os seus tornozelos ficaram num estado tão miserável depois das inúmeras entradas “assassinas” que sofreu que tinha apenas 28 anos quando realizou a sua última partida como profissional.

Van Basten e Gullit ganharam três campeonatos italianos e duas Taças dos Campeões ao serviço do AC MIlan e foram campeões da Europa pela Holanda, em 1988. Na final desse Euro 88, com a URSS, Van Basten marcou possivelmente o melhor golo de sempre.

Ronaldinho Gaúcho e Samuel Eto’o (FC Barcelona)

Entre 2004/05 e 2007/08, Samuel Eto’o e Ronaldinho Gaúcho conviveram no FC Barcelona e mais do que os dois títulos de campeão espanhol e a Liga dos Campeões que ambos ajudaram a conquistar, os adeptos “blaugrana” ainda hoje se recordam dos momentos de magia que proporcionaram. Eto’ marcou 95 golos pelo clube nessas quatro temporadas, enquanto Ronaldinho Gaúcho fez 86

Apesar do sucesso desta dupla, Eto’o queixou-se de ter sido pouco reconhecido quando ficou em terceiro lugar na lista de melhor jogador do mundo em 2005, troféu ganho precisamente por Ronaldinho Gaúcho. “Não foi justo, eu é que devia ter ganho. Talvez fosse mais fácil se me chamasse Eto’-odinho”, ironizou.

Maradona e Careca (SSC Nápoles)

Possivelmente ninguém duvida de que o SSC Nápoles deve a Diego Maradona os seus dois únicos títulos de campeão italiano, conquistados em 1986/87 e 1989/90, bem como o seu único troféu internacional, a Taça UEFA de 1988/89. Ainda assim e mesmo com um papel claramente secundário, não deveria ser subestimado a importância do ponta de lança brasileiro Careca.

Aliás, em agosto do ano passado, em entrevista ao programa “The Best”, do canal de televisão da FIFA, Maradona respondeu de pronto “Careca” quando questionado sobre o melhor parceiro que teve em campo. O brasileiro ficou nas nuvens com este elogio. “É bom demais receber elogios do baixinho, do Diego”, referiu, retribuindo: “Messi é fantástico, mas Maradona só há um e continua a ser o melhor de sempre”.

Rui Costa e Batistuta (FIorentina)

Rui Costa e Batistuta conviveram na Fiorentina entre 1994/95 e 1999/2000 e ainda hoje são recordados pela generalidade dos adeptos “viola” como a melhor dupla que passou pelo clube. Como se sabe, o ex-médio português nunca foi de marcar muitos golos (ainda assim fez 14 em 39 partidas em 1998/99, a sua época mais produtiva em Itália) mas foi impressionante a quantidade de assistências que realizou para o ponta de lança argentino faturar. Ao todo, Batistuta apontou 202 golos em 328 encontros pela Fiorentina.

“Sempre me dei muito bem com ele, dentro e fora do relvado, embora por vezes tivéssemos algumas discussões, como também tenho com a minha mulher”, explicou Rui Costa.

Já Batistuta referiu o seguinte: “Tenho de continuar a guardar segredo a respeito das nossas aventuras. Mas posso dizer que a nossa história dentro de campo é suficiente para demonstrar a nossa amizade.Ali entendíamo-nos muito bem”, referiu.

Dennis Bergkamp e Thierry Henry (Arsenal)

Ter dois avançados que marcam golos, mas não se “limitam” a atirar a bola para o fundo das redes, jogando ainda um futebol de encantar. Foi o “filme” que os adeptos do Arsenal viram entre 1999/2000 e 2005/06, quando Thierry Henry e Dennis Bergkamp faziam parte do plantel. Não por acaso, foi neste período de tempo que Arsène Wenger conquistou dois dos seus três títulos de campeão inglês em 22 anos ao serviço do clube.

Apesar de também ser um exímio goleador, o holandês jogava um pouco mais recuado do que o francês e destacava-se mais pelas assistências. Já Henry era aquele avançado veloz e eficaz, que aproveitava qualquer nesga de terreno para atirar a contar: apontou 228 em 329 partidas pelos “gunners”, sendo o melhor marcador da história do clube.

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Artigo de
André Cruz Martins

25-07-2018



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