Defrel, o “flop” que recusou o Benfica é uma das surpresas em Itália

Defrel, o “flop” que recusou o Benfica é uma das surpresas em Itália

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Defrel, o “flop” que recusou o Benfica é uma das surpresas em Itália

Avançado de 27 anos emprestado pela AS Roma disse não aos encarnados no último defeso. Em 2012 estava tão desiludido com o futebol que pensou em abandonar.

Artigo de André Cruz Martins

27-09-2018

Grégoire Defrel tem sido um dos jogadores em maior destaque neste arranque de época na Série A italiana. O ponta de lança emprestado pela AS Roma à Sampdoria é o terceiro melhor marcador do campeonato, com quatro golos, só atrás de Piatek, do rival Génova FC e de Lorenzo Insigne, do SSC Nápoles, e com mais golos que Ronaldo, da Juventus.

No passado mês de junho, este futebolista de 27 anos foi notícia na imprensa italiana por ter alegadamente recusado um empréstimo da AS Roma ao Benfica. Os clubes já teriam acertado o negócio, mas o avançado preferiu continuar na Série A italiana, tendo sido cedido à Sampdoria.

Do Sassuolo para a AS Roma

Defrel é um ponta de lança móvel, não muito alto (1,79 metros) e dotado de boa técnica. Para já, tem justificado a aposta da Sampdoria e sido alvo de muitos elogios da imprensa italiana.

A AS Roma contratou o ponta de lança ao US Sassuolo há um ano, tendo pago 5 milhões de taxa de empréstimo, com cláusula obrigatória de compra de 15 milhões, que entrou em vigor a 1 de julho de 2018. Foi um pedido expresso do treinador Eusebio Di Francesco, que o acompanhou na mudança do US Sassuolo para o clube da capital.

Foi um dos grandes “flops” da última época

A experiência do francês nos “giallorrosi” não correu nada bem, tendo sido titular apenas em sete ocasiões e suplente utilizado em 13 partidas, com apenas um golo marcado.

A imprensa italiana considerou-o um dos grandes “flops” da última temporada. “Na Roma, foi apenas um problema de falta de confiança e o importante é que agora estou em boa forma. Só me importa continuar assim, a marcar golos”, referiu recentemente.

Esteve quase a deixar o futebol

Defrel fez a formação no modesto clube francês SCM Châtillon e aos 18 anos mudou-se para os italianos do Parma FC, onde integrou a equipa de juniores nas duas épocas seguintes, tendo cumprido um jogo na equipa principal.

Em 2001/12 foi emprestado ao Foggia, da Série B italiana, uma experiência que não correu nada bem, a ponto de ter pensado tomar uma decisão drástica. “Estive a um pequeno passo de deixar de jogar futebol. Não rendi, fiquei psicologicamente destruído e pensei em desistir”, assumiu, em entrevista recente.

A mudança para o AC Cesena foi o melhor que lhe aconteceu. “Foi lá que voltei a sentir o desejo de jogar futebol. Quero agradecer ao treinador Pierpaolo Bisoli, que apostou em mim e me devolveu a confiança”, destacou.

Só é ponta de lança há três anos

O auspicioso início de época em termos de golos marcados por parte de Grégoire Defrel contrasta com os números que tem revelado ao longo da carreira. Excetuando os 16 golos que apontou ao serviço do US Sassuolo em 2016/17 e que suscitaram o interesse da AS Roma, o seu máximo numa época foi obtido em 2014/15, quando fez nove golos ao serviço do AC Cesena, na Série B.

Até agora, marcou apenas 49 golos em 232 partidas como profissional, números modestos para um ponta de lança. Há no entanto que ter em atenção que só joga no centro do ataque desde 2015/16, quando Eusebio Di Francesco o “puxou” de extremo direito para o centro do ataque.

“Foi difícil para me acostumar a jogar como ponta de lança no primeiro ano, mas o treinador ajudou-me muito e fui melhorando. Claro que ainda tenho muito a aprender, mas já me sinto um verdadeiro ponta de lança”, assume.

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Artigo de
André Cruz Martins

27-09-2018



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