Campeão das ondas e a dobrar

Campeão das ondas e a dobrar

Desporto

Campeão das ondas e a dobrar

Está encontrado o campeão do mundo de Surf deste ano, é o havaiano John John Florence. Com este título, conquistou o segundo e deixou de ter apenas o nome a dobrar.

Artigo de Hugo Mesquita

21-12-2017

Não é só o nome de John John Florence que é a dobrar. O surfista do Havai sagrou-se Campeão do Mundo de Surf de 2017, revalidando o título que tinha ganho o ano passado. O título do agora bicampeão do mundo foi garantido na sua terra natal, na última etapa do World Surf League, disputada em Pipeline, no último fim de semana.

Só havia um adversário entre John John e o título. O brasileiro Gabriel Medina, que tinha conquistado a anterior prova do circuito mundial, na praia de Supertubos, em Peniche. Mas a tarefa do brasileiro não se afigurava fácil. Para além de jogar na «praia do adversário», Medina tinha que vencer a prova e esperar que Florence não chegasse ao pódio. O brasileiro teve uma eliminação precoce, nos quartos de final frente ao francês Jeremy Flores, e entregou de bandeja o título ao havaiano.

 

 

Neymar revoltado no apoio ao campeão de Supertubos

No entanto, a vitória de John John não foi tranquila. O heat 6 do round 3 do surfista havaiano contra o rookie Ethan Ewing está envolta numa grande polémica por, supostamente, John John ter sido favorecido pelos juízes da prova. As manobras do rookie foram corretamente avaliadas, segundo a opinião dos críticos. John John acabou por seguir em frente apenas por uma diferença de 0.06 pontos (leste bem).

Nem Neymar ficou indiferente à polémica. O craque brasileiro, amigo de Gabriel Medina, criticou a organização do WSL no perfil da organização no Instagram. «Dá o título para o John John logo, hoje foi feio demais. Medina, vai para cima, moleque, contra tudo e contra todos», escreveu o jogador do PSG.

 

 

Língua Portuguesa não se deu bem em Pipeline

Não foi só Gabriel Medina que saiu desiludido de Pipeline. O nosso único representante no circuito mundial, Frederico Morais, falhou o objetivo de se tornar o «Rookie do Ano», e por apenas 50 pontos. Para levar o título, o português precisava de ficar à frente do concorrente direto, o australiano Connor O’Leary, e esperar que o francês Joan Duru não atingisse a final.

 

O rookie do ano é entregue ao surfista estreante no circuito que terminar na melhor posição do ranking

 

O nosso Kikas, tal como o Duru, acabou por ser eliminado no segundo round, enquanto que O’Leary passou ao terceiro. Curiosamente, os dois rookies foram eliminados pelo mesmo surfista, o norte-americano Kanoa Igarashi. O português terminou a época na 14.ª posição, enquanto que o australiano terminou apenas uma posição acima.

Ainda assim, foi uma época de estreia bastante positiva para o português. O momento alto do seu percurso foi a chegada à final do Corona Open J-Bay, na África do Sul, onde acabou por ser derrotado pelo brasileiro Felipe Toledo por apenas 0.27 pontos.

 

 

 

Foto: WSL/ Damien Poullnot

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Artigo de
Hugo Mesquita

21-12-2017



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