Bruno Lage: Do fantasma de Jorge Jesus ao raro exemplo de Eriksson no regresso ao Benfica

Ao contrário do que muitos possam pensar, não é assim tão estranho na história do Benfica encontrar treinadores que passaram mais do que uma vez pelo banco de suplentes do clube. O caso mais recente é o de Bruno Lage. Que depois de ter sido despedido há quatro anos, volta agora, assim deseja Rui Costa, com a missão de devolver os encarnados às boas exibições e conquista de títulos.

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Percorrendo as redes sociais é possível encontrar relatos de adeptos que olham para Bruno Lage como o homem ideal para recuperar o Benfica após o despedimento de Roger Schmidt. Outros defendem que era a opção possível para esta altura. E alguns criticam a escolha de Rui Costa. Dizendo que o ideal seria apostar em outro treinador como Sérgio Conceição ou Abel Ferreira. E o que nos diz a história do Benfica? Será boa ideia voltar a uma casa onde já se foi feliz? É certo que Bruno Lage acabou despedido, mas a conquista de um título permite que se fale em felicidade.

O fantasma de Jorge Jesus

Se não tivermos em conta Veríssimo, que serviu de “bombeiro” após as saídas de Bruno Lage e Jorge Jesus, o atual treinador do Al-Hilal foi o último com duas passagens pelo Benfica. E se a primeira foi positiva, com a conquista de três campeonatos, uma Taça de Portugal, uma Supertaça e cinco Taças da Liga, a segunda foi para esquecer. A promessa de que a equipa iria jogar o triplo traduziu-se num vazio de troféus. E em algumas polémicas que levaram à saída do amadorense.

Jorge Jesus deixou o Flamengo, onde tinha conquistado a Taça dos Libertadores, para regressar ao Benfica. Só que os adeptos nunca esqueceram a passagem do treinador pelo Sporting, logo após ter saído da Luz, e aquilo que dizia dos encarados. E este é o fantasma que paira sobre Bruno Lage. Com muitos adeptos a anteciparem o mesmo desfecho para o novo treinador do Benfica. Ou seja, acreditam que Bruno Lage não terá sucesso, tal como Jorge Jesus não teve.

Exemplo de Eriksson

Mas será que não existem casos de sucesso em treinadores com mais do que uma passagem pelo Benfica? Sim, existem. A mais recente remonta às temporadas que se iniciaram em 1989 e terminaram em 1992. Foi neste período de tempo que o recentemente falecido Sven-Goran Eriksson passou pela segunda vez pelo clube. Período no qual conquistou um campeonato e uma Supertaça. Ainda assim, a única comparação que pode ser feita é no regresso, pois as passagens do sueco pela Luz nunca foram pautadas por polémica. Num passado mais recente, Toni e Jose Antonio Camacho são outros nomes que passaram pela Luz uma segunda vez sem sucesso.