Existe a possibilidade de que tenha entrado neste artigo baralhado com o título. Afinal, muitos são aqueles que associam Bruno Cabrerizo à carreira de ator e de apresentador. O que não é mentira nenhuma. Mas a verdade é que antes de tudo isto, o brasileiro, de 44 anos, foi jogador profissional de futebol que contou com passagens por Itália e pelo Japão. Sendo que, no Brasil, fez parte da equipa principal do Flamengo, numa altura em que o antigo guarda-redes do Benfica, Júlio César, era um dos craques da equipa.
Leia ainda: Lukas Podolski, de goleador temido a milionário rei do kebab
Foi durante uma entrevista ao podcast Oh Filhos, Calem-se, da Nova Gente, que Bruno Cabrerizo recordou um momento vivido com o antigo guarda-redes no clube brasileiro. “O Júlio é um irmão. É um irmão com quem joguei futebol”, começa por dizer. “Conheci o Júlio quando cheguei ao Flamengo. E quando lá cheguei ele já era o grande Júlio César. Cheguei lá para fazer testes, fiquei na equipa principal e fui para a pré-temporada”, prossegue. “Tive a apresentação no campo da Gávea. Era um garoto sem experiência. Fui dar uma entrevista e o Júlio estava ao meu lado”, conta.
“Rumo ao título”
Foi então que teve início um episódio que nunca mais esqueceu. “Estava nervoso e a pergunta foi: ‘Estás a chegar ao Flamengo agora, vens de um clube pequeno, qual a tua expetativa neste momento?’. Pergunta simples e normal para um jovem jogador”, recorda. “A minha resposta foi: ‘Estou muito feliz de estar no Flamengo, de poder jogar com esses craques. O Júlio César está aqui ao meu lado, é um grande amigo que me ajuda muito no dia a dia e posso dizer-vos que vamos rumo ao título’”, diz sorridente. “O jornalista olhou para mim, afastou o microfone e disse: ‘vamos refazer’. O Júlio César estava caído no chão de tanto rir. E eu para ele: ‘Estás a rir-te do quê?’. ‘Não podes dizer isso. Acabaste de chegar. Calma, respira. Sê mais humilde e fala outra coisa qualquer’. Ainda hoje, do nada, o Júlio César olha para mim e diz: ‘rumo ao título’. Foi ridículo. Depois, refiz e fiquei monossilábico”, termina.
Fotos: Impala