As voltas na vida de Ben Yedder, o parceiro de sucesso de André Silva

As voltas na vida de Ben Yedder, o parceiro de sucesso de André Silva

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As voltas na vida de Ben Yedder, o parceiro de sucesso de André Silva

Tem formado magnífica dupla no ataque do Sevilha FC com o português, foi o primeiro a ser internacional A francês no futsal e no futebol, mas já esteve um ano suspenso pela Federação gaulesa.

Artigo de André Cruz Martins

04-10-2018

Wissam Ben Yedder tem sido, juntamente com André Silva, o grande rosto do sucesso do Sevilha FC neste início de época. O avançado francês soma oito golos em 12 partidas e destacou-se pelo seis golos nas últimas quatro partidas: “hat-trick” na recente goleada em casa do Levante FC, por 6-2 (nunca a formação andaluza havia marcado tantos golos como visitante no campeonato), golo apontado diante do Real Madrid, na “escandalosa” derrota dos “merengues” por 3-0 e bis frente ao Standard Liége, no triunfo por 5-1 na Liga Europa. Só ficou em branco na última vitória, obtida no terreno do SD Eibar, por 3-1.

Como já se percebeu, Ben Yedder tem sido essencial nesta fulgurante fase do Sevilha FC, a equipa com melhor média de golos no futebol europeu, se tivermos em consideração os últimos quatro desafios: 17 golos marcados, à média de 4,25 por encontro.

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Neste início de temporada, a dupla com André Silva tem feito furor, com o português a ter sete golos apontados. Ou seja, os dois marcaram 15 dos 38 golos da equipa. À atenção pois da defesa dos russos do FC Krasnodar, que esta quinta-feira recebem o clube espanhol, em partida da segunda jornada da fase de grupos da Liga Europa.

Sempre goleador

Ben Yedder, de 28 anos, cumpre a terceira temporada no Sevilha FC e apesar de ter sido muitas vezes suplente utilizado, tem feito muitos golos: 18 em 2016/17 e 22 na temporada transata. Foi no Toulouse FC que se afirmou no futebol sénior e ao longo de seis anos no clube francês apontou um total de 71 golos, despertando o interesse do Sevilha FC, que pagou 9,50 milhões de euros pelo seu passe.

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O jogo de uma vida

Foi em março do ano passado que Ben Yedder se apresentou aos adeptos do futebol que ainda não o conheciam. Lançado pelo treinador Vincenzo Montella aos 72 minutos do Manchester United-Sevilha FC, da segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões (0-0 na primeira mão) precisou de apenas um minuto e meio para inaugurar o marcador. E dois minutos depois fez o 2-0, de cabeça (e ele só tem 1,70 metros de altura) sentenciando a eliminatória e colocando os andaluzes pela segunda vez na história nos quartos de final da mais importante competição europeia de clubes, 61 anos depois da única presença.

Primeiro internacional no futsal e no futebol

Cidadão francês com ascendência tunisina, Ben Yedder jogou futsal até aos 18 anos e chegou a representar a seleção francesa nesta modalidade em duas ocasiões. Didier Deschamps chamou-o pela primeira vez à seleção francesa de futebol em março de 2018 e promoveu a sua estreia num particular com a Colômbia. O atacante tornou-se assim no primeiro francês simultaneamente internacional A em futsal e no futebol.

Ao longo dos anos, a Federação Tunisina de Futebol fez cinco tentativas para que ele representasse a sua seleção. Em outubro de 2017, depois de mais uma recusa, lá admitiu a derrota. Ainda assim, Ben Yedder ainda é elegível para a equipa tunisina, pois nunca foi internacional A francês em jogos oficiais.

Foi suspenso na seleção de sub-21

Ben Yedder foi um dos jogadores suspensos pela Federação Francesa de Futebol entre novembro de 2012 e dezembro de 2013, juntamente com Griezmann, Mavinga, Niang e M’Vila (a suspensão deste último foi mais longa, por ser reincidente). Tudo devido a uma ida a uma discoteca nas vésperas de um jogo decisivo com a Noruega, que valia a qualificação para o Campeonato da Europa de sub-21 de 2013. Os cinco até jogaram nessa derrota francesa por 5-3, mas acabaram por ser severamente castigados.

Ben Yedder ficou cinco anos e meio ausente da seleção de França, só voltando no tal particular com a Colômbia, em março de 2018. Acabou por ficar de fora dos 23 convocados para o Mundial da Rússia e em setembro também não foi opção para os jogos da Liga das Nações com a Holanda e com a Alemanha mas se continuar a jogar assim Deschamps não poderá continuar a ignorá-lo por muito mais tempo.

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Artigo de
André Cruz Martins

04-10-2018



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