Avery Collins, o atleta que tem “alto” rendimento graças à marijuana

Avery Collins, o atleta que tem “alto” rendimento graças à marijuana

Desporto

Avery Collins, o atleta que tem “alto” rendimento graças à marijuana

Aquele que é um dos mais rápidos ultramaratonistas do mundo defende que o seu sucesso está associado ao consumo do opioide antes das corridas.

Artigo de Bruno Seruca

28-04-2018

O consumo de substâncias ilícitas associado ao desporto é tabu para muitos atletas. Mas não para Avery Collins. Este ultramarotonista, de 25 anos, é um dos mais rápidos do mundo e não tem qualquer problema em ser fotografado com um cigarro de marijuana na mão. Até porque associa esta droga aos treinos e corridas. E o atleta recorda aquilo que sentiu depois de ter fumado um charro, pela primeira vez, antes de uma corrida. “Permitiu que estivesse muito presente e não me preocupasse tanto com o tempo que ia demorar e com aquilo que acontece durante a corrida”, explica em declarações ao New York Times.

Avery Collins associa o sucesso desportivo ao consumo de marijuana

O atleta norte-americano não será o único a associar marijuana ao treino, mas será caso raro entre aqueles que o assumem e que mesmo assim conseguem contratos de publicidade. É certo que não existem dados que permitam perceber quantos atletas recorrem a esta droga antes de uma corrida, mas estudos recentes referem que a marijuana é a droga mais utilizada pelos atletas, logo a seguir ao consumo de álcool. Consumidores, como é o caso de Avery Collins, referem que o consumo de canábis (e de produtos que contêm esta substância) torna as corridas mais prazerosas. Ao mesmo tempo que ajuda na recuperação e faz com que corram mais depressa.

Do ponto de vista federal, a compra, posse e consumo de marijuana são ilegais, tal como acontece com a heroína, LSD e ecstasy. Mas ao longo dos anos as pessoas têm vindo a mudar de opinião em relação à canábis, com um número cada vez maior de defensores da legalização desta droga. O que faz com que a marijuana já seja, em certos pontos, legal em 29 estados norte-americanos. A título de curiosidade, 61% dos norte-americanos defende a legalização desta droga. E apoiam-se em exemplos como aquele que é dado por Avery Collins.

A marijuana é a segunda droga a que os atletas mais recorrem, logo a seguir ao álcool

É importante salientar que o uso recreativo de marijuana não é proibido pela Agência Mundial de Anti-Dopagem. E o Código Mundial de Anti-Dopagem é seguido pela agência norte-americana de anti-dopagem tal como é seguido pelo Comité Olímpico Internacional, bem como pelo Paralímpico. Atualmente, os atletas podem acusar 150 nanogramas por milímetro.

O facto de o tema ainda ser bastante recente faz com que não existam muitos estudos que permitam comparar as diferenças entre os atletas que usam marijuana e aqueles que não consomem esta droga. Porém, um estudo de 2017 investigou o efeito da canábis no desempenho de atividades físicas e a conclusão foi a de que a droga não melhora o desempenho aeróbico nem a força do atleta.

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Artigo de
Bruno Seruca

28-04-2018



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