Anthony Lopes, o guarda-redes português que atrai agressões está de volta à Seleção

Anthony Lopes, o guarda-redes português que atrai agressões está de volta à Seleção

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Anthony Lopes, o guarda-redes português que atrai agressões está de volta à Seleção

É impressionante a quantidade de casos violentos em que tem estado envolvido o jogador do Olympique Lyon e que parecem ter tido correlação com a sua longa ausência dos convocados da Seleção Nacional.

Artigo de Equipa Paraeles

24-08-2020

Anthony Lopes nunca foi habitual titular na seleção nacional, mas durante bastante tempo que era presença assídua no lote de convocados. No entanto, deixou de ser chamado depois do último Campeonato do Mundo. Foi o próprio guarda-redes que veio a público revelar os motivos para a ausência. “Tive uma longa conversa com o selecionador e neste momento estou mais focado no Lyon e na minha família”, referiu. E deixou implícito que este desejo tem a ver com ameaças direcionadas à sua família, na sequência da agressão que protagonizou num jogo com o Olympique Marselha.

“Acabei por pôr a minha família e o clube em perigo. Foi muito complicado para mim, desapontei muitas pessoas e a mim mesmo. Depois desse jogo, estive fora na seleção e foi muito complicado. Disse a mim mesmo que tinha de ser o homem que sou em campo e agora estou muito mais calmo, sou eu quem acalma os outros”, frisou. Agora, está de volta aos convocados de Fernando Santos.

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“Posso dizer que o Anthony não foi convocado pelo que fez agora na Champions. Já esteve connosco, tem grande qualidade e é um guarda-redes em quem confio em absoluto. Depois da Rússia [2018] pediu-me para nãos ser mais chamado por razões familiares, que não permitiam estar ausente de casa durante bastante tempo. Era assunto de gravidade na sua família que está passado. Já antes de novembro falei com ele e ele estaria em condições de jogar em março. Já não tem o mesmo problema e está em condições de jogar. Nunca saiu da seleção, percebemos que não tinha condição mental para estar. Já passou felizmente para ele e também para nós”, explicou.

Chapada em elemento do Olympique Marselha

Este foi o último de vários episódios violentos em que o guarda-redes português esteve envolvido, como agressor ou como vítima. Tudo aconteceu no final do jogo entre o Olympique Marselha e o Lyon, quando houve uma enorme confusão entre os jogadores e “staffs” das duas equipas, que se estendeu do relvado até à entrada dos balneários. Durante a confusão, Anthony Lopes deu uma chapada num elemento da técnica do Olympique Marselha, o que lhe valeu um castigo de três jogos da Federação Francesa de Futebol.

O Olympique Marselha defendeu que “o castigo é um escândalo e o regulamento prevê uma suspensão de seis meses a sete anos para atos de violência”, tendo acrescentado que “Anthony Lopes tem frequentemente problemas de disciplina, embora nunca seja castigado porque aparentemente a culpa nunca é dele”. Curiosamente, depois do Olympique Lyon ter apresentado recurso, a Federação francesa agravou a punição para cinco partidas.

Atingido por um petardo

Anthony Lopes está constantemente metido em confusões. A mais grave ocorreu em dezembro de 2016, quando foi atingido por petardos durante um jogo com o FC Metz, o que até levou à suspensão da partida. O guardião foi afetado por um dos petardos, que caiu mesmo ao seu lado e teve de receber assistência médica. Dois adeptos do FC Metz foram condenados por arremesso de material pirotécnico. Um terá de cumprir seis meses de prisão efetiva e o outro teve pena suspensa pelo mesmo período.

Agredido por homem com bebé ao colo

O mais insólito episódio a envolver o internacional português sucedeu num jogo da Liga Europa entre o Everton e o Olympique Lyon, em Goodison Park. Na segunda parte, Anthony sofreu uma entrada dura de Ashley Williams e, na sequência desse lance, os jogadores das duas equipas envolveram-se numa confusão junto à linha de fundo. Foi então que um adepto do Everton agrediu o internacional português. O mais incrível é que o fez com um bebé ao colo. Anthony Lopes desdramatizou o episódio. “Não se passou nada de especial. Foi uma situação que acordou o público, que estava adormecido, mas não penso que seja habitual em Inglaterra um adepto agredir um jogador adversário”, sublinhou.

Agredido por segurança

Num SC Bastia-Olympique Lyon em abril de 2017, durante o aquecimento, os três guarda-redes dos visitantes foram rodeados por adeptos da casa e chegaram mesmo a ser agredidos. E no intervalo, quando as equipas recolhiam aos balneários, um segurança do SC Bastia que estava no relvado envolveu-se num confronto com Anthony, o que acabou por ser o rastilho para mais confrontos entre jogadores do Olympique Lyon, adeptos do Bastia e seguranças.

Tapou o símbolo do rival Saint-Étienne

Em janeiro de 2017, esteve no centro de outra polémica, mas desta vez com a novidade de não ter estado envolvido em qualquer confronto físico. Decidiu esconder o nome do Saint-Étienne (o grande rival do Olympique Lyon) na sua camisola, num jogo da Taça de França com o Olympique Marselha.

Nessa eliminatória, devido ao centenário da competição, as camisolas utilizadas nos jogos da Taça de França levaram os nomes de todos os anteriores vencedores da prova, mas o português decidiu riscar com uma caneta o nome do St. Etienne. A Federação Francesa de Futebol suspendeu-o por um jogo.

Entretanto, o guarda-redes pediu desculpa ao Saint-Étienne. “Nunca pensei que isto fosse atingir tamanha proporção Só os adeptos de ambos os clubes conseguem perceber o tipo de rivalidade que existe, mas se insultei os diretores, jogadores e adeptos do Saint-Étienne, peço imensa desculpa e não era a minha intenção”, referiu.

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Artigo de
Equipa Paraeles

24-08-2020



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