Não é comum vermos um jogador de campo assumir a baliza da equipa, isto claro se não estivermos a falar de futsal. À memória do adepto de futebol poderá vir a imagem de Oceano a defender com mestria a baliza dos leões na Supertaça contra o F.C. Porto, na época de 1995/1996. Mas o que se passou recentemente na NHL– principal liga norte-americana de hóquei de gelo – supera tudo.
Frente a frente estavam os Chicago Blackhawks e os Winnipeg Jets. O guarda-redes titular da equipa de Chicago, Forsberg, lesionou-se no pré-jogo e foi substituído pelo jovem e estreante Collin Delia. Até aí tudo (quase) normal. O pior viria depois. O jovem lesionou-se a 13 minutos do fim do jogo, no terceiro período, e foi substituído por um adepto.
Nesta competição, as equipas que jogam em casa têm de ter um guarda-redes de emergência, alguém que esteja nas redondezas do estádio que possa entrar para qualquer eventualidade de algumas das duas equipas – surpreendentemente, pode substituir também o guarda-redes do forasteiro.
Adepto fez 7 defesas e não consentiu nenhum golo
Esta medida pouco comum foi aplicada neste jogo, para sorte de Scott Foster, um contabilista de 36 anos que tinha contrato de guarda-redes de emergência com os Blackhawks. E que “figuraça” fez Scott. Com 13 minutos em jogo (tempo útil) o adepto foi a tempo de aguentar a carga dos Jets, ao fazer 7 defesas, não consentindo qualquer golo.
“O choque inicial ocorreu quando tive de me ir equipar. Depois, acho eu, o que acontece é que desligas’”, comentou Scott.
No final do jogo recebeu o prémio de melhor jogador em campo.
What a night.
Emergency backup goalie Scott Foster gets the belt for his surprise performance. #FosterOfThePeople pic.twitter.com/g1dHZKPanr
— Chicago Blackhawks (@NHLBlackhawks) 30 de março de 2018
O jogo acabaria 6-2 a favor dos Blackhawks. Scott foi herói por um dia.
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