Wagner Moura tem medo de regressar ao Brasil por causa do novo filme

Wagner Moura tem medo de regressar ao Brasil por causa do novo filme

Culto

Wagner Moura tem medo de regressar ao Brasil por causa do novo filme

Ator que se celebrizou na pele de Pablo Escobar, em Narcos, revela receio de voltar a casa por causa do filme em que se estreia como realizador.

Artigo de Bruno Seruca

07-06-2019

É um dos atores brasileiro de maior sucesso. Tanto no Brasil, como internacionalmente, visto que há muito que Wagner Moura conquistou o seu espaço além-fronteiras. Entre os muitos projetos de sucesso, destaca-se a série Narcos, em que dá vida ao narcotraficante Pablo Escobar. E foi depois do êxito deste conteúdo original da Netflix que o ator, de 42 anos, decidiu aventurar-se no papel de realizador.

Marighella é o filme que assinala a estreia de Wagner Moura enquanto realizador. Atualmente, o ator está na Austrália, tendo estado no Festival de Cinema de Sydney a promover o filme. Wagner Moura é ainda um dos jurados do certame e foi numa conversa com The Daily Telegraph que o brasileiro revelou o medo de voltar ao seu país. “Pela primeira vez na vida, senti que poderia estar em perigo”, disse.

Junte-se a nós no Instagram

Wagner Moura deu nas vistas em Tropa de Elite e a fazer de Pablo Escobar

“Sempre que vou ao Rio [de Janeiro] ou a São Paulo, tenho que ter cuidado. É de partir o coração”, prossegue. Ainda assim, Wagner Moura salienta que não deixará que o receio o impeça de regressar ao Brasil. Pelo menos, para já. Pois deixou no ar a possibilidade de mudar a forma de pensar caso se “as coisas aumentarem ainda mais.”

Esta situação está associada ao filme que o ator levou ao festival de cinema. Marighella conta a história de um homem que lidera um pequeno grupo de guerrilheiros numa luta armada contra o regime. O protagonista, interpretado pelo ator e cantor Seu Jorge, é implacavelmente perseguido, sendo visto como o inimigo número um do governo. Apesar de ainda não ter sido lançado no Brasil, o filme te sido alvo de fortes críticas. Principalmente de Jair Bolsonaro, o presidente brasileiro.

Leia ainda: Atores de A Guerra dos Tronos dão vida ao mesmo personagem em dois filmes diferentes

Wagner Moura defende que o filme é uma “ameaça” para os distribuidores de filmes brasileiros por ter uma “ligação clara” com a atual situação política brasileira. “Estava preparado para o filme polarizar as pessoas e para as críticas, mas não estava preparado para que os nossos distribuidores não tivessem coragem de lançar o filme”, conclui o realizador.

Fotos: Reuters

Siga o ParaEles no Instagram
Instagram @paraelesofficial

Siga o ParaEles no Instagram
Instagram @paraelesofficial

Artigo de
Bruno Seruca

07-06-2019



RELACIONADOS