Steam vai continuar a vender jogos de cariz pornográfico e violento

Os tiroteios nas escolas americanas têm trazido a lume um debate público sobre que medidas devem ser aplicadas para que esse tipo de situações não se repitam. Para além da lei de porte de arma, outro dos temas que têm sido debatidos são a violência dos videojogos. Em causa estão os jogos as plataformas de venda online de jogos devem disponibilizar aos seus utilizadores.

Sobre este tema, uma das mais conceituadas plataformas, a Steam, proprietária da empresa Valve já se pronunciou. Em comunicado, a empresa rematou o tema para a ética dos utilizadores na escolha dos conteúdos adquiridos na plataforma.

“A Valve não deveria ser a responsável por decidir isso. Se é jogador, não deveríamos ser nós a decidir qual é o conteúdo que pode ou não comprar. Se é um programador, não deveríamos decidir que conteúdo tem permissão para criar. Estas são decisões que só o jogador devia fazer”, escreveu Erik Johnson, responsável pelo software da Valve.

A empresa informou ainda que vai passar a permitir todo o tipo de conteúdo nos jogos, desde que não seja considerado ilegal ou que tenha intenção de enganar o jogador.

Steam desmarca-se dos jogos de cariz violento e pornográfico

“Decidimos que o caminho certo é permitir tudo na Loja do Steam, exceto conteúdos ilegais, ou puramente ‘trollagem'”, continuou. “Este caminho permite-nos focar menos em tentar policiar o que deveria estar no Steam, e mais em criar ferramentas que deem às pessoas controlo sobre o tipo de conteúdo que poderão ver.”

Ainda que disponibilize jogos violentos ou de cariz pornográfico, a empresa fez questão de garantir que esse tipo de conteúdo não reflete a política de empresa.

“Para ser explícito – se permitirmos um jogo na loja, isso não quer dizer que aprovamos ou concordamos com a mensagem que o jogo transmita”, pode ler-se no comunicado.