Há muito tempo que se anda a falar sobre que rumo deve levar a personagem James Bond, o espião mais famoso do cinema. Uns defendem que o próximo 007 deve ser negro, outros sugerem que seja uma mulher. Rachel Weisz, mulher de Daniel Craig, tem defendido que não haja mudanças na personagem, algo que Rosamund Pike, antiga Bond Girl, concorda.

“Ian Fleming [o escritor dos livros] passou uma quantidade pavorosa de tempo a escrever esta personagem específica, que é especificamente masculina e se relaciona de uma forma especifica com as mulheres”, disse a atriz Rachel Weisz ao jornal The Telegraph em fevereiro.

Agora, Rosamund Pike, que foi a “Bond girl” Miranda Frost em “007 – Morre Noutro Dia” (2002), avança outra solução. “Diria simplesmente para escreverem uma nova história. James Bond é uma personagem criada por Ian Fleming. Claro que a saga tornou-se maior, mas peguem numa das ‘Bond girls’ e dêem-lhe a sua própria história”, disse a atriz.

Rosamund Pike não quer uma mulher no papel de Bond

Rosamund Pike, que teve um papel memorável “Em Parte Incerta” (2014) e valeu-lhe uma nomeação para os Óscares, defende ainda que Bond deve continuar a ser um homem. “Penso que a personagem James Bond é um homem. Ele é. Mas ter uma personagem numa saga completamente independente, porque é que uma mulher devia ter menos? Porque é que ela deveria ter sido um homem e agora deve ser interpretada por uma mulher? Porque não criar uma agente feminina implacável que valha por si. Nem sempre se pode mudar e simplesmente dizer ‘agora ela é uma mulher’. Penso que isso é subestimar completamente uma mulher. Não existe nada realmente na personagem de James Bond escrita por Ian Fleming que se pareça com uma mulher”, insistiu.

Daniel Craig foi James Bond em “007 – Casino Royale” (2006), “007 – Quantum of Solace” (2008), “007 – Skyfall” (2012) e “007 Spectre” (2015). Para o outono de 2019 está previsto um quinto filme, que se acredita ser a sua despedida da personagem.

 

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