Não é só sexo, fama e dinheiro

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Não é só sexo, fama e dinheiro

Depois da morte por suicídio de mais um antigo concorrente de um reality show, o jornal britânico “The Sun” fez um levantamento de outros casos semelhantes.

Artigo de Hugo Mesquita

29-10-2020

Os reality shows são um dos assuntos do momento em Portugal. Estão na ordem do dia há já alguns anos, mais concretamente desde a estreia de Big Brother, na TVI, em 2000. Mas nunca foram tão discutidos como hoje. Numa guerra por audiências cada vez mais intensa entre a estação de Queluz e a SIC, este tipo de formatos são usados como uma importante ferramenta para conquistar os telespetadores. Parece é que a fórmula que tão bem funcionou no passado não está a gerar, agora, o sucesso esperado.

Os conceitos destes programas são cada vez mais “radicais”. Apanha assim de surpresa um público que ainda é um pouco conservador (maioritariamente pessoas de idade mais avançada), que acabam por rejeitar este tipo de propostas televisivas. Também os concorrentes são mais do que nunca colocados em situações mais delicadas, que podem colocar em risco a sua honra e reputação no futuro, depois da participação nestes reality shows.

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Este ponto em particular, da grande exposição (e por vezes enxovalhamento público) a que estes concorrentes são expostos, não é um assunto muito discutido em Portugal. Mas está a fazer manchetes no estrangeiro. Recentemente, um concorrente deste tipo de programas, Mike Thalassitis (na imagem de destaque), cometeu suicídio e colocou o assunto na ordem do dia.

Em resultado deste caso com Thalassitis, que além de estrela num reality-show foi também jogador profissional de futebol, e de outros, como o da ex-miss Reino Unido Sophie Grandon (na imagem), o jornal britânico “The Sun” fez um levantamento de outros casos semelhantes. Isto é, de antigos concorrentes deste tipo de conteúdo televisivo que colocaram termo à vida. O resultado final é assustador.

Veja o vídeo:

“Produtores de reality shows preocupam-se com as audiências e deixam qualquer um participar”

Segundo dados daquele jornal, pelo menos 38 ex-participantes de reality shows cometeram suicídio em todo o mundo. Isto ao longo dos últimos 33 anos. Estes números alarmantes são justificados pela publicação por um total descuidado na análise psicológica nos castings aos concorrentes.

“Os produtores estão preocupados com as audiências e estão a deixar que qualquer pessoa participe, mesmo aquelas com históricos de desordens alimentares, problemas psicológicos, ansiedade e depressão”, explicou uma fonte anónima ligada a este tipo de programas ao “The Sun”.

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O sucesso imediato e inesperado que estas pessoas alcançam do dia para a noite é outro dos fatores determinantes. “Eles saem com milhões de seguidores, ‘trolls’ e aproveitadores. Alguns passam a ser odiados. Para uma pessoa nova e imatura, pode ser uma combinação letal”, diz a mesma fonte à publicação.

Ainda que não tenha tido um final trágico, como estes casos relatados pelo “The Sun”, foram visíveis os problemas por que passou o famoso Zé Maria, o primeiro vencedor do Big Brother. O antigo concorrente, natural de Barrancos, chegou a estar internado numa clínica psiquiátrica. Atualmente, encontra-se a trabalhar numa fábrica de jóias em Espanha.

Fotos: Reprodução Instagram

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Artigo de
Hugo Mesquita

29-10-2020



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