Duff McKagan foi o mensageiro de uma das melhores notícias dos últimos tempos. O baixista dos Guns N’ Roses confirmou que a banda norte-americana vai lançar um novo álbum, o primeiro desde 2008, ano em que a banda lançou “Chinese Democracy”. A revelação foi feita numa conversa com o radialista Eddie Trunk.
O músico revelou já ter ouvido algum do material que Axl Rose tem vindo a trabalhar, mas não adiantou uma data em específico para o regresso da banda ao estúdio, para gravar.
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“Nunca fomos uma banda que tivesse um horário planeado. Já ouvi algumas coisas incríveis do Axl, cenas fixes nas quais tem estado a trabalhar. O que me deixa entusiasmado”, explicou Duff McKagan.
Antes de Duff McKagan, já Slash e Richard Fortus, colegas de McKagan nos Guns N’ Roses, tinham avançado com a possibilidade de a banda estar a trabalhar num novo trabalho.
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“A heroína dizimou os meus amigos”
Num tom bastante mais sério, numa outra entrevista, desta vez à Louder, o baixista revelou um passado ligado às drogas e como começou o seu percurso na música.
Ser músico, explica, era inevitável pois todos os seus irmãos (McKagan é o mais novo de oito irmãos) sabiam tocar pelo menos um instrumento. Começou por tocar Beatle, “Birthday”, mas foi o punk rock que mais puxou por ele. O primeiro concerto, conta, deu com 14 anos, quando fez a abertura para os Black Flag.
O momento mais forte desta entrevista aconteceu quando o músico fez uma confissão chocante sobre o seu passado ligado às drogas: “A heroína dizimou os meus amigos. A minha namorada, o meu colega de casa, toda a gente”.
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Atingiu o sucesso, com os Guns N’ Roses, mas a problemática das drogas continuou a estar presente. “Saí de Seattle para fugir à heroína, e em Los Angeles ela estava em todo o lado. O dinheiro comprava drogas e as drogas eram abundantes. Quando se é famoso, há uma série e gente que se quer drogar contigo”, explicou.
Por último, McKagan falou ainda da sua relação com os restantes elementos da banda. “Não conhecíamos ninguém sóbrio. E eu não sabia quem eu era até ficar sóbrio. Tive de o provar ao Izzy [Stradlin], que foi um bom amigo durante esse período. O Axl também o foi até eu sair da banda”. A relação com Slash, como explica, exigiu mais tempo: “Precisámos de sete anos para estabelecermos uma ligação séria. Não podia arriscar estar com ele, não confiava em mim mesmo ao pé dele”.