Gina Carano acusa produtora de George Lucas de perseguição

Deu vida a Cara Dune em The Mandalorian. E estava na lista de atrizes com quem a Lucasfilm iria colaborar no futuro. Só que uma publicação de Gina Carano nas redes sociais levou a produtora a riscar o nome da antiga lutadora de MMA. A polémica instalou-se quando a atriz, de 38 anos, fez uma comparação que caiu mal. Dizendo que as críticas feitas ao partido republicano dos Estados Unidos da América são iguais à perseguição ao povo judeu. Que se verificou na Alemanha nazi. “Gina Carano não está atualmente empregada pela Lucasfilm. E não há planos para ela no futuro”, pode ler-se num comunicado do estúdio. “Ainda assim, as suas publicações nas redes sociais diminuindo as pessoas com base nas suas identidades culturais e religiosas são abomináveis e inaceitáveis”, defende a produtora. A atriz já respondeu.

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Lucasfilm defende que palavras de Gina Carano são “abomináveis e inaceitáveis”

Na publicação em questão, Gina Carano defende que o genocídio do povo judeu foi provocado “não pelos nazis, mas pelos vizinhos”, escreve. “Como a história é editada, a maioria das pessoas não percebe que para chegar ao ponto em que os nazis conseguiram prender milhares de judeus, o governo fez com que os seus próprios vizinhos os odiassem apenas por serem judeus. Como é que isso é diferente de odiar alguém apenas pelas suas visões políticas?”, pergunta a atriz.

As polémicas palavras foram partilhadas nas redes sociais depois da onda de críticas que diversos políticos e partidários republicanos têm recebido depois de incentivarem a invasão do Capitólio, sede do poder legislativo norte-americano. Sendo que o grande destaque vai para Donald Trump, que lida com o segundo processo de impeachment. Antes desta controvérsia, Gina Carano estava a ser dada como certa em Rangers of the New Republic. Série em que voltaria a dar vida a Cara Dune.

Na sequência do despedimento, a atriz Gina Carano aproveitou uma entrevista para contar a sua versão dos acontecimentos e insinou que foi perseguida pela empresa. “Eles andavam em cima de mim. E quando vi que outras pessoas na produção podiam dizer o que quisessem, foi aí que percebi que ia ter problemas. Porque eu não pensava da mesma forma que os restantes”.