Nona Gaprindashvili, a ex-campeã mundial de xadrez que serviu de inspiração para a série de sucesso Gambito de Dama, da Netflix, chegou a acordo extrajudicial com o serviço de streaming, por causa do processo de difamação que estava a decorrer em tribunal. Nona Gaprindashvili, a primeira grã-mestre de xadrez da história em 1978, já tinha defrontado dezenas de jogadores masculinos em 1968, ano em que se passa a série. A Netflix defendeu-se, argumentando que se trata de una obra de ficção protegida pela Constituição norte-americana e sua primeira emenda, que garante a liberdade de expressão.

Ex-campeã mundial de xadrez e Netflix chegam a acordo por causa de Gambito de Dama

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Uma juíza californiana, pelos vistos, não era da mesma opinião que o serviço de streaming e aceitou a denúncia apresentada contra a Netflix por Nona Gaprindashvili, uma antiga jogadora soviética de xadrez, que acusava o serviço de streaming de difamação sexista. Em Gambito de Dama, uma personagem diz que Gaprindashvili “nunca havia enfrentado homens” numa competição, isto ao contrário da personagem Beth Harmon, interpretada por Anya Taylor-Joy. “É manifestamente falso, além de grosseiramente sexista e humilhante”, diz a denúncia apresentada em setembro de 2021 pela campeã, que pedia uma indemnização de cinco milhões de dólares.

“Estou satisfeito que o assunto tenha sido resolvido”, disse à AFP o advogado Alexander Rufus-Isaacs. Em 2021, na 73ª edição dos Emmys, Gambito de Dama conquistou 11 prémios, sendo uma das grandes vencedoras da noite. A produção da Netflix. “Nos anos 50, uma rapariga num orfanato revela um talento prodigioso para o xadrez e inicia uma improvável ascensão ao estrelato, enquanto se debate com a dependência”, foi assim que o serviço de streaming resumiu a série, a qual nas primeiras quatro semanas teve 62 milhões de visualizações, um recorde da plataforma.

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