“The Departed – Entre Inimigos”, “Lobo de Wall Street”, “Gangues de Nova Iorque” e “Shutter Island” são exemplos que demonstram que a fórmula DiCaprio-Scorsese é sinónimo de sucesso, um pouco à semelhança da parceria que o realizador teve com Robert De Niro, que resultou em filmes como “Taxi Driver”, “Touro Enraivecido” ou “Tudo Bons Rapazes”. Infelizmente, os três nunca trabalharam todos juntos, mas isso pode estar prestes a mudar.
Leonardo DiCaprio acaba de ser confirmado no elenco do filme “Killers of the Flower Moon”, novo trabalho do realizador Martin Scorsese. O filme, que conta a história de uma investigação do FBI, nos anos 20, sobre uma conspiração contra uma tribo índia, será o sexto trabalho em conjunto dos dois. Por confirmar está se também De Niro fará parte do elenco, como vem sendo avançado há vários meses. A rodagem do filme deverá iniciar-se no verão de 2019, sendo que a estreia nas salas de cinema deverá acontecer perto do final de 2020.
DiCaprio e Scorsese vão para o sexto filme juntos. Em equipa que ganha não se mexe
Esta parceria de sucesso que Scorsese mantém com os dois atores é só um exemplo de muitas outras que se foram cimentando na história do cinema. Lembra-se de Samuel L. Jackson em “Pulp Fiction”? De Christian Bale em “O Cavaleiro da Trevas”? E de Tom Hanks em “O Resgate do Soldado Ryan”? De certeza que guarda na memória o papel de Johnny Depp em “Eduardo Mãos de Tesoura”, certo? Para além de serem alguns dos melhores atores da história do cinema, conseguiram criar alguns dos personagens mais icónicos da sétima arte. Por isto, são alguns dos meninos queridos do grande público… e dos realizadores.
Na gíria do futebol costuma dizer-se: ” Em equipa que ganha não se mexe”, e esta máxima pode também ser utilizada no cinema. Muitos realizadores optam várias vezes pelas mesmas caras para dar corpo aos seus principais filmes. Grandes realizadores como Spielberg, Woody Allen e Tim Burton têm os seus atores “fetiches” da qual não largam mão.
Conhecem-se como ninguém e sabem como fazer sucesso. Damos mais alguns exemplos flagrantes desta relação quase de amor entre realizadores e atores.
Steven Spielberg e Tom Hanks
Dois nomes incontornáveis do cinema que têm em conjunto um grande número de sucessos. O realizador já contou nos seus filmes com vários atores de nomeada, como Richard Dreyfuss e Harrison Ford, e até mesmo Tom Cruise, mas foi com Hanks que a relação foi mais produtiva. Desta dupla saíram sucessos como “Apanha-me se Puderes”, “Terminal de Aeroporto”, “O Resgate do Soldado Ryan” e os mais recentes “Ponte dos Espiões” e “The Post”. A carreira dos dois parece estar longe de acabar, por isso será de esperar que esta relação ainda vá produzir mais alguns sucessos.
Quentin Tarantino e Samuel L. Jackson
Quentin Tarantino não é um realizador que produza filmes em quantidade, dando clara prioridade à qualidade e a dar aos seus trabalhos um claro e irreverente cunho pessoal. Samuel L. Jackson é o ator que o acompanha em praticamente todos os filmes que realizou. Mais uma vez, foram vários os atores que foram acompanhando a carreira do realizador, como Uma Thurman ou Tim Roth, mas é Jackson que está quase sempre lá. O ator esteve em ” Jackie Brown”, “Pulp Fiction”, “Djano Libertado” e “Os Oito Odiados”, quatro dos oito filmes já realizados por Tarantino.
Tim Burton e Johnny Depp
Mais uma relação quase umbilical entre um realizador e uma ator. O sucesso de Johnny Depp está intimamente ligado a Tim Burton, e o contrário também se sucede. A personagem mais mediática de Depp até pode ser o capitão Jack Sparrow, mas outros como Willy Wonka, Eduardo Mãos de Tesoura e o Chapeleiro Louco também ficaram na história do cinema, e são resultado desta dupla. Há ainda a destacar “Sleepy Hollow”, “Ed Wood”, “Sweeney Todd: O Terrível Barbeiro de Fleet Street”, “Sombras da Escuridão” e “A Noiva Cadáver”.
Christopher Nolan e Christian Bale
Optámos por não destacar filmes incluídos em sagas, como “Senhor dos Anéis”, “Harry Potter” ou “Velocidade Furiosa”, porque como as personagens são sempre as mesmas, achámos por bem não dar destaque a uma possível relação entre atores e realizadores nestes casos. Abrimos uma excepção com Bale e Nolan. Os dois brilharam com os três melhores filmes sobre Batman, personagem interpretada por Bale, mas também brilharam com um outro trabalho :” O Terceiro Passo” (“Prestige”, no título original). Uma relação relativamente recente, mas que esperamos que vá ter mais episódios. De destacar também Michael Caine que, desde o papel do mordomo Alfred, em Batman, esteve em todos os outros filmes do realizador.
David O. Russel e Jennifer Lawrence
Uma dupla recente, mas já com créditos firmados. O trabalho conjunto de David O. Russel e Jennifer Lawrence é sinal de sucesso e de prémios. Começaram com “Guia para um Final Feliz”, filme que teve oito indicações para Óscar e que valeu mesmo a estatueta de “Melhor Atriz Principal” a Lawrence. Seguiu-se a “Golpada Americana”, outro filme que foi muito bem recebido, com 10 nomeações para Óscar. O último trabalho foi “Joy”, e também este chegou às indicações na principal gala de prémios de cinema do mundo, desta vez apenas uma – de “Melhor Atriz Principal” – adivinhe para quem… Jennifer Lawrence.
Woody Allen e Scarlett Johansson
A menina bonita de Woody Allen é agora Emma Stone, mas antes o lugar pertenceu a Scarlett Johansson. Se hoje a atriz é uma das mais populares de Hollywood, em muito pode agradecer ao realizador, pese embora já tenha trabalhado com um grande número de realizadores. Antes do hype à sua volta, a atriz trabalhou com Woody Allen em “Match Point”, “Scoop” e “Vicky Cristina Barcelona”, três filmes que estão longe do sucesso planetário, mas que não deixam de ter qualidade.
Pedro Almodóvar e Penélope Cruz
Já aqui falámos de “Vicky Cristina Barcelona”, filme realizado por Woody Allen, que valeu a Penélope Cruz não só o Óscar de “Melhor Atriz Secundária”, como também uma maior projecção internacional. Mas tudo começou com o realizador Pedro Almodóvar. Foi com o realizador espanhol que a atriz se foi destacando, tal como aconteceu com Antonio Banderas. A espanhola esteve em “Em Carne Viva, Tudo Sobre a Minha Mãe” , “Voltar” (que lhe valeu também a nomeação para o Óscar de melhor actriz) e “Abraços Desfeitos”. Esta dupla vai ser reeditada em “Dolor y Gloria” (o mesmo sucede com Banderas), filme que tem estreia marcada para o próximo ano.
Peter Berg e Mark Wahlberg
Esta é uma ligação mais recente, mas que já conta com várias obras em conjunto. Em 5 anos, Wahlberg já participou em quatro filmes do realizador Peter Berg. O último da lista, “Mile 22” (conheça melhor este filme), uma saga que já tem um segundo episódio confirmado o que faz que, em condições normais, esta seja uma parceria para durar vários anos. Estiveram juntos também em “Patriots Day – Unidos Por Boston”, “Horizonte Profundo – Desastre no Golfo” e em “O Sobrevivente”.
Menção honrosa: George Lucas e Harrison Ford – Uma outra dupla que já gerou muitos e muitos milhões, principalmente com a saga Star Wars, mas que esteve também junta no filme “American Graffiti: Nova Geração. Ford brilhou também na saga Indiana Jones, que também tem uma ligação com Lucas, que foi produtor executivo. Reza a lenda que foi o criador de Star Wars que indicou o nome de Harrison Ford para o papel de Indiana Jones.
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