Quem acompanha de perto o ténis e não perde um jogo de Rafa Nadal, certamente já se terá apercebido de que o tenista espanhol, de 33 anos, parece ser dado a superstições que ajudam a manter a concentração. Basta ver o ritual com que inicia cada jogada: ajeitar a camisola nos ombros, primeiro no lado esquerdo, dar um puxão nas cuecas, ajeitar o cabelo atrás das orelhas e mexer no nariz. E isto é apenas aquilo que se vê durante o jogo. Pois antes de entrar no court, tem muitos outros rituais. “Se uma parte não estiver bem encaixada, tudo pode desmoronar-se”, disse em tempos. Outra peça que parece ser um amuleto para Nadal é um relógio da marca Richard Mille.
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Foi em 2010 que Rafa Nadal começou a usar relógios Richard Mille. O tenista aceitou o desafio da marca depois de alguma ponderação e conversas com a marca. Só pediu que os modelos fossem muito leves para que não fosse incomodado durante o jogo. Mas, diz-se em Espanha, que foi o rei emérito, Juan Carlos, quem convenceu o atleta. Até porque é colecionador e fã das criações Richard Mille.
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Foi no Roland Garros de 2010 que Nadal estreou o Tourbillon RM 027. Nesse ano ganhou o torneio e desde então que não larga o relógio. As únicas alterações dizem respeito a cores. Já foi azul, laranja e agora, numa altura em que também decorre o torneio, destaca-se pelas cores da bandeira espanhola. Aquele que usa agora é o RM 27-03, sendo considerado uma obra de arte. Além de ser muito leve, é capaz de suportar impactos de 10.000 G, o que faz com que seja praticamente indestrutível. A evolução dos materiais usados desde 2010 fazem com que o preço tenha aumentado muito. A criação mais recente custa 800 mil euros e só existem 50 unidades.
Roubado relógio avaliado em 300 mil euros
Foi também em Roland Garros que Rafa Nadal ficou sem um relógio de luxo. Tudo aconteceu durante a edição de 201. Nesse ano, entraram no quarto de hotel do tenista, no Meliá Royal Alma, em Paris, e roubaram um Richard Mille avaliado em 300 mil euros. Pouco tempo antes, Nadal tinha conquistado o sétimo título no mítico torneio. O relógio acabou por ser encontrado na relva, perto de uma linha-de-comboio, e descobriu-se que tinha sido roubado por um funcionário daquela unidade hoteleira.
Quase a fazer história
De superstição em superstição, Rafa Nadal conta, até ao momento, com a conquista de 18 Grand Slams. Está a dois de alcançar Roger Federer, o tenista mais premiado da história do ténis.
Fotos: Reprodução Instagram
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