38% dos portugueses mantêm consumo de produtos sustentáveis apesar da inflação

38% dos portugueses mantêm consumo de produtos sustentáveis apesar da inflação

Consumo

38% dos portugueses mantêm consumo de produtos sustentáveis apesar da inflação

Os consumidores estão cada vez mais despertos para as consequências das alterações climáticas, sendo que muitos já adotam comportamentos com o objetivo de reduzirem o impacto no meio ambiente.

Artigo de Equipa Paraeles

21-11-2023

Os consumidores estão cada vez mais despertos para as consequências das alterações climáticas, sendo que muitos já adotam comportamentos com o objetivo de reduzirem o impacto no meio ambiente. Na atual conjuntura, porém, muitos têm vindo a sentir o seu poder de compra a diminuir. O Observador Cetelem Consumo Sustentável 2022 procurou compreender até que ponto o contexto está a influenciar as suas decisões de consumo relacionadas com a sustentabilidade, além de aferir o conhecimento e envolvimento dos portugueses neste domínio. De acordo com estudo, 44% dos portugueses inquiridos afirmam conhecer “mais ou menos“ o conceito de consumo sustentável e 32% consideram que estão familiarizados. Os inquiridos mais velhos, dos 55 aos 74 anos, são os que se encontram menos familiarizados com o conceito (média de 43%).

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Dos que se encontram familiarizados com o conceito e que adotam já algumas práticas responsáveis, 32% admitem que para eles o consumo sustentável é uma opção, ou seja, quando surge a oportunidade, às vezes, consomem produtos com menor pegada ecológica. Mas o que é uma opção para uns, é um objetivo para outros: 31% tentam consumir com responsabilidade sempre que possível. Já para 19% o consumo responsável não é uma preocupação, enquanto 16% consideram ser um modo de vida. Sempre que se trata de consumir de forma responsável, 42% dos consumidores inquiridos sentem que são eles que tomam a iniciativa. Por outro lado, 39% confessam sentirem-se pressionados pela sociedade.

38% dos portugueses mantêm consumo de produtos sustentáveis apesar da inflação

No que toca ao contexto económico atual, quando é pedido aos entrevistados para avaliarem a facilidade que têm em fazer escolhas de consumo mais sustentáveis, 46% dos inquiridos dizem ser difícil ou muito difícil, em particular os inquiridos com menores rendimentos (57%) e os mais velhos dos 65 aos 74 anos (55%). 33% dos portugueses consideram que, hoje em dia, é preciso gastar um pouco mais para se adotar hábitos de consumo sustentáveis, 31% consideram que gastam exatamente o mesmo e outros 30% dizem que para adotar esses hábitos necessitam de gastar muito mais. A análise por região revela que na região Norte 51% dos consumidores portugueses dizem ser possível gastar o mesmo na adoção de hábitos de consumo sustentáveis. Já os da região Sul são aqueles que afirmam ter de gastar muito mais para fazer um consumo sustentável (48%). Os da região Centro consideram gastar um pouco mais (45%).

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Relativamente aos efeitos da inflação no consumo, 38% dos portugueses inquiridos revelam ter mantido o consumo de produtos sustentáveis, nomeadamente os mais jovens, dos 18 aos 24 anos (49%) e os inquiridos com mais rendimentos (41%). 22% dizem ter diminuído o consumo deste tipo de produtos e 8% deixaram de optar por estes produtos. 21% confessam que não se preocupavam e continuam a não se preocupar com o consumo de produtos mais sustentáveis. Os inquiridos mais velhos são os que mais corroboram essa afirmação (34%), assim como os inquiridos que vivem na região Norte do país (30%).

Apesar de a redução do consumo ser uma das formas mais fáceis de contribuir para a sustentabilidade do planeta, o estudo conclui que a maior parte dos portugueses consomem o mesmo que há 3 anos (81%) e que no futuro tencionam consumir o mesmo que hoje (83%). Neste domínio, é particularmente interessante verificar que os inquiridos mais velhos, com idades compreendidas entre os 55 e os 74 anos, foram os que mais reduziram o consumo nos últimos 3 anos (15%), seguindo-se dos mais jovens até aos 24 anos (14%). São também os mais jovens os mais predispostos a consumir menos no futuro (14%).

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Artigo de
Equipa Paraeles

21-11-2023



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