A Tesla tem uma nova tecnologia para entrada nas viaturas e arranque sem necessidade de recorrer à chave. Ainda assim, e de acordo com um artigo publicado na revista Wired, os veículos elétricos da marca de Elon Musk continuam bastante vulneráveis a ataques cibernéticos. Algo que deverá, salienta a publicação, deixar os donos de Teslas em alerta.
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É mencionado que a tecnologia de rádio de banda ultralarga era vista como algo que mudaria a situação atual. Além de substituir o Bluetooth, tornaria a entrada e arranque dos carros muito mais segura. Por exemplo, foi ainda em 2021 que a BMW incorporou esta tecnologia na chave digital, fazendo com que nem precisasse de retirar o smartphone do bolso para iniciar viagem. A teoria é a de que o alcance curto faria com que não fosse possível intercetar o sinal de rádio. Ainda assim, a Wired garante que existe uma moda antiga que é melhor manter. E que passa por embrulhar as chaves do carro em papel alumínio. Principalmente caso seja dono de um Tesla. Ataques de retransmissão continuam a ser uma forma simples de ataque cibernético para roubar viaturas mais novas. É algo que possibilita intercetar o sinal das chaves do carro de modo a destravar o mesmo e liga-lo sem necessidade de presença da chave física.
Recomendação para quem tem um Tesla
A tecnologia de comunicação de banda ultralarga (UWB), que está implementada em carros como o Tesla Model 3, é vista como uma solução para acabar com o problema. Só que investigadores da empresa de cibersegurança automóvel GoGoByte defendem que estas viaturas permanecem vulneráveis aos ataques. Esta notícia está a ser vista como um alarme para a indústria que acreditava ter solucionado o problema de vez. Perante isto, os investigadores recomendam que os donos de Teslas ativem a funcionalidade de ser necessário um PIN de quatro dígitos para iniciar a condução. Perante esta realidade, é expetável que muitos condutores continuem a embrulhar as chaves em papel de alumínio.
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