A Tesla, empresa norte-americana que é detida por Elon Musk e que se destaca pela venda de alguns dos carros elétricos mais populares do mundo, está a processar a União Europeia. Em causa estão as taxas aplicadas à importação de viaturas eletrificadas que são construídas na China. O processo tem origem uma subsidiária da Tesla que produz o famoso Tesla Model 3.
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O referido modelo tem uma taxa adicional de 7,8%. E mesmo com a percentagem a ser mais baixa do que aquela que é aplicada a empresas como a BMW, Geely, SAIC e BYD, a Tesla não concorda e decidiu avançar com um processo. Segundo dados partilhados pelo Financial Times, em 2023, a marca norte-americana foi responsável por quase 28% das vendas de carros elétricos fabricados na China e comercializados na Europa.
Tesla tem a menor penalização da União Europeia
Até ao momento, não são conhecidos os detalhes que fundamentam o processo que deu entrada no Tribunal de Justiça Europeu. Sabe-se que o caso terá andamento no Tribunal Geral, o segundo mais importante da União Europeia. Estima-se ainda que leve 18 meses até estar concluído. Por sua vez, a União Europeia levou a cabo uma investigação que descobriu que várias marcas tiraram partido de subsídios governamentais. O que permitiu vender carros elétricos a preços mais baixos. O que é apontado como uma desvantagem competitiva para os fabricantes ocidentais.
Foi na sequência da investigação que a Tesla viu ser-lhe aplicada uma taxa adicional de 7,8% em outubro. Esta junta-se à taxa de 10% que já estava em vigor. Por sua vez, a BYD teve um aumento de 17%. Já a Geely teve 18,8% e a mais penalizada foi a SAIC com 35,3%. O motivo avançado para a Tesla receber a menor penalização é o facto de a União Europeia ter descoberto que a Tesla recebeu uma menor quantidade de apoio do governo Chinês.
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