Marcas trocam ecrãs tácteis pelos tradicionais botões físicos: “Um carro não é um telefone”

Os ecrãs tácteis chegaram com pompa e circunstância ao mercado automóvel. Os generosos tablets que acumulam praticamente todas as funções da viatura fizeram com que muitos olhassem para os tradicionais botões físicos como algo obsoleto. Ainda assim, tem vindo a discutir-se até que ponto este avanço tecnológico não é uma distração para os condutores. Agora, numa reviravolta inesperada para muitos, eis que as marcas estão a voltar aos botões que há mais de 100 anos fazem parte de muitas viaturas.

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A Euro NCAP, entidade que realiza testes de colisão desde 1997 e classifica os carros com estrelas, tem vindo a realizar vários estudos sobre o tema. Tendo decidido agora que viaturas com ecrãs tácteis nunca terão as desejadas cinco estrelas. O máximo que os modelos que exagerem nos comandos por toque, e não apenas em ecrãs, só vão ser classificados com quatro estrelas.

“Um carro não é um telefone”

E a verdade é que existem marcas a voltar para trás. E a reconhecer que algumas funções não podem estar a depender do tacto ou a necessitar do desvio do olhar por parte do condutor. Uma delas é a Renault, que assumiu estes dados no final de 2024. Também a Volkswagen já fez saber que irá rever o conceito nas viaturas da marca. “Nunca mais cometeremos este erro. Volume de multimédia, quatro piscas e controlos de ar-condicionado central e laterais terão apenas botões. No volante e na coluna de direção só botões e manetas. Acabará a adivinhação. Honestamente, um carro não é um telefone”, refere Andreas Mindt, chefe de projetos da Volkswagen à Autocar.