Relações entre colegas de trabalho passaram a ser tabu

Relações entre colegas de trabalho passaram a ser tabu

Amor e Sexo

Relações entre colegas de trabalho passaram a ser tabu

80% dos trabalhadores defendem que as relações entre colegas de trabalho passaram a ser menos aceitáveis nos últimos tempos

Artigo de Bruno Seruca

29-09-2018

Muitas pessoas defendem ser péssima ideia ter uma relação com colegas de trabalho. E a explicação é simples, assim evitam-se os momentos estranhos quando a relação chega ao fim. Mas nada disto importa para um quarto da população do Reino Unido. Pois este número corresponde à quantidade de pessoas que assumem estar numa relação séria com alguém que conheceram no local de trabalho.

 

Mas um estudo recente revela que as relações entre colegas de trabalho estão a transformar-se num tabu. E a culpa é das campanhas a condenar o assédio sexual, que se tornaram frequentes a partir do momento em que se tornou público o escândalo sexual que assola Hollywood, com várias mulheres a queixarem-se de abusos por parte de homens poderosos da capital mundial do cinema.

80% dos trabalhadores entendem que as relações passaram a ser menos aceitáveis

Uma pesquisa, desenvolvida pela seguradora Direct Line revela que quase 80% dos trabalhadores entendem que uma relação entre colegas de trabalho passou a ser menos aceitável nos tempos mais recentes. A isto junta-se outro dado. Uma em cada 20 empresas britânicas proíbe romances entre colegas de trabalho. Algo que não impede os britânicos de ter relações com colegas.

Uma grande percentagem dos trabalhadores que assume ter tido relações com colegas de trabalho diz que esconderam a mesma dos chefes e do departamento de recursos humanos da empresa. A pesquisa mostra ainda que movimentos como #MeToo e Time´s Up levaram a que 78% das empresas revissem as políticas relacionadas com namoros entre colegas.

“É preciso ler os sinais e perceber que as convenções sociais de um bar num sábado à noite não se traduzem no ambiente de trabalho”

Em declarações ao Independent, a psicóloga Susan Quilliam salienta que é necessário estar ciente de diversos aspetos. “É natural que as pessoas que trabalham juntas se sintam atraídas, pois veem-se todos os dias, têm interesses mútuos e têm muitas oportunidades de desenvolver sentimentos um pelo outro. Mas pode ser um desafio”, diz. “É preciso ler os sinais e perceber que as convenções sociais de um bar num sábado à noite não se traduzem no ambiente de trabalho, independentemente do quão relaxada possa ser a cultura do local de trabalho”, acrescenta.

Já a jornalista Harriet Minter defende que as relações entre colegas de trabalho devem ser banidas nos locais de trabalho. “Não se pode impedir que as pessoas se sintam atraídas umas pelas outras, mas pode dizer-se: ‘não tenha esse comportamento no local de trabalho’”, defendeu no programa Good Morning Britain, explicando ainda que a “disparidade de poder” entre os casais que trabalham juntos pode ser um problema para a relação.

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Artigo de
Bruno Seruca

29-09-2018



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