Plataforma de encontros portuguesa quer acabar com a nudez não solicitada

Plataforma de encontros portuguesa quer acabar com a nudez não solicitada

Amor e Sexo

Plataforma de encontros portuguesa quer acabar com a nudez não solicitada

Inteligência Artificial e machine learning são usados para detetar perfis falsos e nudez não solicitada para proteção dos utilizadores.

Artigo de Equipa Paraeles

12-09-2022

Em dois anos, os cibercrimes mais que duplicaram, de acordo com a Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica, um dos últimos exemplos é a série da Netflix “The Tinder Swindler” (O Golpista do Tinder), um documentário de true-crime que retrata uma história real em que um perfil falso numa app de encontros consegue extorquir dinheiro a várias vítimas que estão apaixonadas por uma mentira.

Mas as burlas na internet não são crimes novos, apenas ganham novo espaço nos sites de encontros quando não existe regulação e deteção destas atividades. O site de online dating português, criado em 2014 com a missão de fazer frente às plataformas de encontros já existentes no mercado, ocupa atualmente a maioria do tempo a desenvolver e melhorar um sistema de deteção anti-scam e burlas para a proteção dos utilizadores da plataforma que tem a média de idades mais alta de Portugal, com 12% dos utilizadores acima dos 60 anos, que tendencialmente podem ser vítimas mais facilmente enganadas pelos crimes da internet.

Plataforma de encontros portuguesa quer acabar com a nudez não solicitada

“Os pais dos utilizadores do Tinder usam o Felizes.pt” afirma Rui Sousa, co-fundador do Felizes.pt, “por isso se mesmo os utilizadores de uma plataforma destinada ao público mais jovem podem ser enganados por mentes criminosas, o público mais sénior que usa a nossa plataforma deve estar protegido destes ataques”, acrescenta. A forma de combater os possíveis ataques é através de um sistema complexo que é alimentado por um conjunto de dados e que analisa em tempo real a probabilidade de um determinado perfil ser um “perfil falso”, que pode ser usado para extorsão de outros utilizadores, pornografia ou prostituição.

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Este software emprega modelos de Inteligência Artificial como machine learning e neural networks para aprender a classificar com precisão como age um burlão e bloquear o seu acesso e comportamento. Quando é identificada uma elevada probabilidade de um perfil ser scammer, este é depois avaliado por um humano, antes de haver uma ação administrativa sobre o perfil. “Sempre me pareceu algo natural e que nasceu pela necessidade do serviço que prestamos ter uma atenção com o utilizador e a sua proteção. Assim, e para proteger todos os utilizadores, estamos ativamente envolvidos em bloquear o acesso a perfis falsos e mal intencionados e travar a sua ação”, explica Rui Sousa.

Receber “nudes” é uma forma de assédio

A funcionalidade que apanha a nudez e conteúdo sexualmente explícito nas fotografias enviadas entre utilizadores é um outro algoritmo que é usado tanto nas fotografias de perfil como nas fotografias enviadas no chat. Se o algoritmo detetar pelo menos 50% de probabilidade de uma fotografia conter nudez, essa fotografia é entregue ao destinatário, mas segue com um aviso e um filtro que desfoca a fotografia para que seja o destinatário a decidir se quer visualizar o seu conteúdo.

Desta forma, a segurança dos utilizadores é assegurada, sem interferir na sua privacidade. “Neste caso, o destinatário é informado no aviso de que a fotografia provavelmente contém nudez e é dada a opção de remover o filtro para a poder ver. Esta foi a forma que encontrámos para retirar a carga negativa e intrusiva que uma fotografia sexualmente explícita não solicitada pode causar no recipiente, mas manter o controlo de quem recebe as fotografias”, explica Rui Sousa.

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Artigo de
Equipa Paraeles

12-09-2022



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