Alguns afirmam que o preservativo surgiu na antiguidade clássica, mas não existem dados históricos concretos que possam aferir a veracidade deste facto. Do que se conhece, sabe-se que os primeiros foram feitos para proteger somente a glande. Ao nível de materiais, alguns seriam de linho e outros de intestino de cordeiro.
A primeira descrição incontestada do preservativo surge na Itália do século XVI, por Gabriele Fallopio, num documento sobre a epidemia de sífilis que assolou a Europa daquela tempo. Pode se concluir por aí, embora sem certezas, que o primeiro uso dado pelo preservativo foi a prevenção de doenças, neste caso sífilis.
Posteriormente, no início do século XVII, Leonardus Lessius escreveu “Da Justiça e da Lei”, onde condena o uso de preservativo como forma de prevenir a gravidez. O autor refere-se ao seu uso como sendo “imoral” e desde aí passa a ser um motivo de grande discussão nos círculos intelectuais e religiosos.
A polémica em torno do preservativo não impediu que a sua comercialização crescesse rapidamente. A partir do século XVIII, começaram a ser vendidos em tabernas, barbearias, drogarias e até nos teatros. No entanto, era apenas destinado às classes mais altas.

Estes primeiros exemplares eram caros e frágeis, o que tornava a sua fiabilidade questionável. Foi com a descoberta do processamento da borracha natural, por Charles Goodyear, em 1839, e com a sua aplicação nos preservativos, que estes se tornaram mais fiáveis – os preservativos esticavam e não se rompiam com facilidade.
Em 1920, surge o látex. Os preservativos de borracha tinham que ser mergulhados em gasolina ou benzina e com o látex (borracha suspensa em água), esse processo eliminou o risco de incêndio nas fábricas de preservativos. Para além disso, os preservativos de látex são superiores ao nível da resistência e da durabilidade – os prazos de validade subiram de 3 meses com a borracha para 5 anos com o látex.
Papel das guerras na divulgação do preservativo
As guerras tiveram um papel importante no crescimento do preservativo. A guerra civil americana foi o primeiro “agitador” e depois seguiram-se as duas guerras mundiais. Nestes três períodos, os casos de doenças sexualmente transmissíveis tiveram grandes picos, o que levou a que a utilização do preservativo se tornasse cada vez mais comum.
Mais recentemente, o vírus da imunodeficiência humana (VIH), ou SIDA, como é mais conhecido, também levou a que a divulgação do preservativo se tornasse universal. Com especial atenção aos países menos desenvolvidos.
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