Estudo coloca em causa motivo pelo qual os homens têm de esperar para fazer novamente sexo

Estudo coloca em causa motivo pelo qual os homens têm de esperar para fazer novamente sexo

Amor e Sexo

Estudo coloca em causa motivo pelo qual os homens têm de esperar para fazer novamente sexo

Estudo realizado por investigadoras portuguesas vem colocar em causa o motivo pelo qual os homens têm de esperar para fazer novamente sexo.

Artigo de Bruno Seruca

27-04-2021

Se lhe falarmos da hormona prolactina de forma isolada, existe a real possibilidade de que não lhe diga grande coisa. Ainda assim, esta sempre foi vista como a responsável pelo período refratário pós-ejaculatório masculino. Ou, por outras palavras, o motivo pelo qual os homens têm de esperar para fazer sexo novamente. De forma mais desenvolvida, é uma hormona que está relacionada com um vasto leque de processos fisiológicos do corpo. Como é o caso do início do período de ejaculação deles, acabando quando o homem recupera a sua capacidade sexual.

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Agora, surgem novos dados que vêm colocar em causa uma ideia muito antiga. Estudos recentes referem que a libertação da hormona durante a ejaculação masculina poderá não ser o principal motivo pelo qual eles têm de esperar para fazer novamente sexo. Susana Lima e Susana Valente, investigadoras da Fundação Champalimaud, são as mentoras do estudo que coloca a ideia em causa. A dupla não questiona a importância da hormona, mas defende que existe uma pequena probabilidade de que o período refratário seja provocado pela proclatina. De acordo com a investigação realizada, não existe uma ligação direta entre a hormona e o período refratário pós-ejaculatório. A experiência foi realizada em ratos devido ao facto de o comportamento sexual ser bastante semelhante ao dos homens. Depois de testadas diversas estirpes, com desempenhos sexuais diferentes, verificou-se que uma tinha um período refratário curto e outra que se prolongava durante dias.

Período refratário sempre foi associado à hormona proclatina

Depois disto, realizou-se uma manipulação dos níveis de proclatina antes de os animais ficarem sexualmente excitados. Algo que foi efetuado de forma artificial. Quando se esperava uma inibição no comportamento dos ratos machos, isso acabou por não se verificar. Em jeito de conclusão, a inibição da hormona não resultou numa recuperação mais rápida da capacidade sexual pós-ejaculatória. Foi testado ainda o efeito oposto durante o período refratário. Tentando assim perceber se os animais, sem a hormona, ficariam sexualmente mais ativos. Algo que não se verificou. Ou seja, caso a proclatina fosse realmente necessária para o período refratário, os machos sem a hormona, depois da ejaculação, deveriam recuperar a capacidade sexual muito mais depressa.

O resultado deste estudo foi publicado na Communications Biology e coloca em causa uma teoria que tem sido aceite por todos, estando mesmo presente em livros escolares. A equipa de investigadores espera agora que os estudos possam prosseguir. De modo a descobrir o que realmente motiva este processo fisiológico.

Fotos: Shutterstock

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Artigo de
Bruno Seruca

27-04-2021



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