Será que podemos generalizar sobre as pessoas que mais traem? Parece que sim. Pelo menos se tivermos por base um estudo que dá a conhecer o tipo de pessoas para as quais as hipótese de infidelidade são “significativamente maiores” num determinado grupo. E desengane-se se pensa que vamos destacar os homens. Ou as mulheres. Aquilo que está mesmo em causa é o poder.
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O trabalho, realizado por investigadores da Universidade Reichman, em conjunto com uma equipa da Universidade de Rochester, destacam que são as pessoas poderosas que tendem a trair. “Num relacionamento romântico, essas dinâmicas de poder podem levar o parceiro mais poderoso a pensar que traz mais para a mesa do que o parceiro menos poderoso”, explica Gurit Birnbaum, professor e principal autor do estudo, em declarações citadas pelo New York Post. “A [pessoa] mais poderosa pode ver isso como um sinal de que tem mais opções fora do relacionamento e é um parceiro mais desejável em geral”, salienta o trabalho. Além disso, a pesquisa revela ainda que as pessoas que se sentem mais poderosas tendem a olhar para si como superiores aos parceiros.
Como funcionou o estudo
Para chegar a esta conclusão foram realizadas experiências com pessoas israelitas. Que estavam em relacionamentos monogâmicos e heterossexuais há pelo menos quatro meses e que foram divididas em grupos. Inicialmente, foi pedido que os participantes dissessem quando é que se sentiram mais poderosos dos que os parceiros (atuais e antigos). Depois, foi pedido que revelassem uma fantasia sexual com uma pessoa fora da relação.
Viram ainda fotos de pessoas que não conhecem, escolhendo as quais com quem ponderavam ter um caso. Descreveram também a dinâmica de poder na relação. E realizaram uma tarefa com uma pessoa atraente antes de classificar o desejo sexual sentido pela mesma. Avaliaram ainda o seu poder, bem como o dos parceiros. Relatando qualquer sedução ou atividade sexual com alguém fora da relação. Isto durante todos os dias ao longo de três semanas.
Conclusão
Os resultados permitiram perceber que as perceções de poder previam de fora bastante acentuada o interesse de uma pessoa em outra. “Aqueles com uma maior sensação de poder podem sentir-se motivados a desconsiderar o seu comprometimento com o relacionamento e agir de acordo com desejos de aventuras de curto prazo. Ou potencialmente outros parceiros mais novos, se a oportunidade surgir”, explica Harry Reis, coautor do estudo.
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