Depois do escândalo sexual em Hollywood, eis que surge um outro de proporções igualmente gigantescas, mas na Coreia do Sul. Nos países ocidentais, o K-pop é quase irrelevante, mas nos países asiáticos este género de música é rei e senhor. Naturalmente, os interpretes são verdadeiras estrelas naqueles países. Um excelente exemplo é o de Psy, o autor de Gangnam Style, que conseguiu atingir fama a nível mundial.
Este escândalo sexual envolve precisamente algumas destas estrelas e, daí, estar a tomar grandes proporções. Seungri, cantor de uma das mais populares bandas de K-pop, Big Bang, é o centro do escândalo. Ele foi interrogado pela polícia sobre uma alegada rede de prostituição que gere num dos bairros mais exclusivos de Seul.
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Tudo começa nas discotecas mais exclusivas da cidade. Estrelas e empresários, a elite sul-coreana, drogam mulheres para depois tomarem partido sexual delas. Além disso, o esquema envolve ainda a exploração sexual de crianças menores. As violação eram muitas das vezes filmadas e mais tarde partilhadas em chats privados entre muitas destas personalidades vip.
Veja o vídeo:
“Agarrou-me o pescoço e forçou-me a deitar na cama várias vezes”
A BBC foi a terreno investigar o escândalo e deparou-se com testemunhos assustadores de algumas destas mulheres violentadas. Um desses testemunhos é o de Kim (nome fictício) que foi drogada por um empresário e levada, contra a sua vontade, para um quarto de hotel.
“Ele forçou-me a deitar, mas eu não queria, então eu continuei a levantar-me. Quando me levantei, ele agarrou-me o pescoço e forçou-me a deitar na cama várias vezes. Eu pensava que a pessoa morreria ao ter o pescoço manipulado assim. Comecei a chorar e a gritar. Depois, ele ficou em cima de mim e usou as duas mãos para tapar minha boca e começou a pressionar com força. Ele dizia constantemente: ‘relaxa, relaxa'”.
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Kim foi à polícia no dia seguinte, mas não encontraram nenhum tipo de vestígio de droga no seu organismo. Isto deve-se, explica a BBC, a uma determinada droga utilizada que, passadas algumas horas, é indetectável no corpo. O homem foi questionado e afirmou que pelas câmaras de vigilância é possível observar que Kim foi com ele para o hotel por vontade própria. Este caso em específico continua em investigação.
Escândalo sexual já resultou na detenção de 354 pessoas
Além do cantor que alegadamente é o líder deste esquema, e que foi obrigado a anunciar o fim da carreira, foram detidas várias outras estrelas do universo K-Pop. No total, conta a BBC, foram interrogadas mais de quatro mil pessoas. A propósito deste caso, que ficou conhecido como escândalo da boate The Burning Sun, a polícia prendeu 354 pessoas nos últimos três meses. Destes, 87 foram presos por intermediarem sexo, filmando secretamente sexo e violações.
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