É a época mais quente do ano em todos os sentidos. Verão equivale a férias, calor, busca pela frescura e também a mais tempo livre com a sua amada. Aí, surgem oportunidades para fugir à rotina e explorar melhor o que o sexo nesta estação tem para oferecer.
Escutámos a opinião especializada do sexólogo clínico Fernando Mesquita, que nos deu dicas essenciais sobre os cuidados a ter nesta estação.
“Apesar de poder ser uma experiência altamente excitante, fazer sexo dentro de água, quer seja na praia ou numa piscina, comporta alguns riscos, tais como: Possibilidade de surgir alguma irritação, pois a água diminui a lubrificação natural e por isso provoca algum atrito durante a penetração.
É importante referir que uma das mais importantes defesas dos órgãos genitais é a sua flora. A vagina é dotada de uma flora microbiana que a ajuda a manter um pH ácido, ou seja, com um grau que varia de 3,8 a 4,2. É esta a condição ideal para que os Bacilos de Doderlein, também conhecidos como lactobacilos, que são muito importantes para evitar infeções vaginais, consigam sobreviver. A presença de água do mar, piscina ou banheira altera o pH da flora vaginal e prejudica a presença destes bacilos. Se a alteração no equilíbrio da flora microbiana for um PH vaginal mais ácido, aumenta o risco de fungos como a Cândida, que provoca comichão e corrimento branco, chamado de candidíase. Se o desequilíbrio tornar o PH mais alcalino, a mulher fica exposta à ação da bactéria tricomonas e vaginoses caracterizadas por um cheiro fétido intenso, principalmente após as relações sexuais.
Finalmente, outro risco, muito importante, é o facto do uso de preservativo ser dificultado, pelo que, só deverá ter este tipo de relações, com alguém que tenha plena confiança, pois o risco de gravidez e contágio de Infecções Sexualmente Transmissíveis permanece. Uma boa alternativa é “brincarem” na água mas deixarem a penetração para a terra… porém se o fizerem devem evitar o contacto direto dos genitais com a areia, pois existe o risco de fazerem algumas microlesões nos genitais o que potencia a presença de dor/desconforto e a propagação de infeções sexualmente transmissíveis.”, concluiu.
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