Isis Valverde não quer ser o lado doce do homem

Isis Valverde não quer ser o lado doce do homem

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Isis Valverde não quer ser o lado doce do homem

Diz que não é santa e que tem milhões de defeitos. Gosta de estar sozinha e é uma das mulheres mais sensuais do Brasil.

Artigo de Bruno Seruca

22-02-2018

É atriz de profissão mas tem uma história de vida digna de um filme de sucesso. Com apenas 30 anos de idade, Isis Valverde já sofreu com machismo. Foi vítima de bullying, de ataques nas redes sociais e só por «milagre» é que um acidente de carro não a deixou tetraplégica ou colocou um ponto final na história que tem vindo a escrever. A isto tudo junta-se uma carreira de sucesso que faz com que seja uma das principais atrizes do Brasil. E uma das mais sensuais, conquistando tudo e todos com a beleza e maneira de ser.

Foi em 2006 que Isis Valverde se deu a conhecer. Quando deu vida a Ana do Véu, personagem da telenovela «Sinhá Moça». Desde então já deu vida a personagens cómicos e outros com histórias de vida mais complicadas. Mas desde pequena que sonhava com a carreira que tem vindo a construir. «Sempre gostei de brincar que era outra pessoa. Que era um índio, uma sereia, que era apresentadora do Jornal Nacional» confessou à edição brasileira da revista «Rolling Stone». E apesar de o pai não gostar muito da ideia de ter uma filha atriz, Isis Valverde lutou para alcançar o desejado objetivo.

 

«Sofri muito com o machismo, porque era uma menina um pouco diferente das outras»

 

Hoje, é vista como uma das mulheres mais sensuais do Brasil. Com a sua beleza física constantemente elogiada. Mas nem sempre foi assim. «Sofri muito com o machismo, porque era uma menina um pouco diferente das outras. Não gostava de brincar com bonecas. Por que uma menina não pode brincar com um carrinho?», pergunta na mesma entrevista. «Ninguém tinha paciência para as histórias que inventava, e quando saía para brincar queria brincar com os meninos. Queria sujar-me com barro, montar a cavalo, saltar muros, roubar ovos da casa do vizinho”, revela. O que levou a que ficasse com marcas no corpo. «Aleijei-me muito. Tive galo aqui, corte aqui, outro corte, barriga arranhada, a perna toda fodida, toda marcada. Aprontava muito», conta.

Isis Valverde faz ainda uma confissão. Assume ter sido vítima de bullying, algo que durou meses. Dizendo também ter sido a última menina do seu grupo de amigas a beijar um rapaz na boca. «Quando era criança, esse tipo de coisas nem me passavam pela cabeça. Fui a última a beijar na boca. Os meninos ficavam gritando pra mim: ‘Isis sapatão! Isis sapatão!’, porque não gostava de brincar com bonecas e não queria beijar ninguém. Só pensei nessas coisas mais tarde», refere.

 

 

Os anos passaram e agora é uma das mulheres mais mediáticas do Brasil. O que faz com que raramente esteja sozinha, algo que preza bastante. «É raro ficar sozinha. Mas gosto, acho importante quando consigo. O silêncio… Tão bom, né?», diz aquela que é uma acérrima defensora das mulheres. «Acho muito importante que a sociedade veja a mulher como um ser humano, e não apenas como o ‘sexo frágil’ ou a parte doce do homem. Somos tudo isso, mas não só isso – assim como o homem também tem um lado frágil.»

 

«Não sou santa, tenho milhões de defeitos. Mas nunca conspirei contra os outros»

 

Apesar do sucesso, que é o lado mais visível da carreira, Isis Valverde teve de lutar muito para conseguir alguns papéis. E deixa um conselho para quem lida com a rejeição. «Não têm que ter medo de ouvir não, têm que falar ‘foda-se!’ e atirar-se», conta aquela que se assume como mulher de Fé. «Ter fé não é rezar até Deus te ouvir. É rezar até ouvir Deus. Deus, Oxalá, Brahma, sei lá. Cada um dá um nome», diz. E por falar em Fé, Isis Valverde sofreu um grave acidente de carro. Fraturou a coluna cervical e no hospital o médico disse que podia agradecer a Deus não ter morrido nem ficado tetraplégica.

E se fazes parte do grupo de pessoas que só vê perfeição em Isis Valverde… a atriz diz que não é bem assim. «Não sou santa, tenho milhões de defeitos. Mas nunca conspirei contra os outros. Por isso, quando as pessoas armam pra mim, caio», conclui. Fica o desafio de percorreres a galeria para tentares encontrar algum defeito em Isis Valverde.

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Artigo de
Bruno Seruca

22-02-2018



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