Mas afinal quem foi “Jack, o Estripador”?

Mas afinal quem foi “Jack, o Estripador”?

Culto

Mas afinal quem foi “Jack, o Estripador”?

O primeiro assassinato do Estripador já foi há quase 130 anos, mas ainda hoje a sua identidade permanece um mistério. Tinha tudo para ser um filme de terror, mas foi real e aterrorizou a população londrina do final do século XIX.

Artigo de Hugo Mesquita

02-08-2017

Foi a 31 de agosto de 1888 que “Jack, The Ripper” (Jack, o Estripador) fez a sua primeira vítima. O primeiro ‘serial killer’ conhecido, ou pelo menos o mais mediático, atuava em Whitechapel (Londres) e tinha como alvos principais as prostitutas.

O método era simples. O Estripador agarrava as vítimas pelas costas, cobria-lhes a boca, e num movimento rápido e preciso, degolava-as. Depois de cortar as gargantas das vítimas, o assassino removia vários órgãos das vítimas. Esta prática sugere que o homem teria conhecimentos de cirurgia e anatomia. A polícia nunca conseguiu chegar à identidade do assassino.

“Cabra-cega”: cartoon de 22 de setembro de 1888 por John Tenniel, criticando a incompetência da polícia.

Foram pelo menos cinco as vítimas de Jack:  Mary Ann Nichols, Annie Chapman, Elizabeth Stride, Catherine Eddowes e Mary Jane Kelly, mas podem ter sido mais. Embora, fossem supostas prostitutas, não foram encontrados indícios de violação nos corpos das vítimas.

À medida que ia praticando os crimes, Jack ia-se tornando cada vez mais macabro. A última vítima, Mary Jane Kelly, foi a única encontrada na sua própria casa (as outras foram assassinadas na rua). O seu corpo foi o que sofreu mais mutilações. Quando foi descoberto, o cadáver estava coberto por dois litros de sangue, um dos seios arrancado e colocado ao lado do pé, vários ossos e o coração foram arrancados e espalhados pelo apartamento.

O nome estripador deve-se, naturalmente, à evisceração feita pelo assassino às vítimas. Jack, o Estripador, foi a assinatura utilizada numa carta enviada (supostamente pelo assassino) a um jornal londrino. Foram dezenas divulgadas pelos media como tendo sido assinadas por Jack, porém há uma que se destaca das demais, por ser mais credível: “Do Inferno.”

“Senhor, eu envio-lhe metade de um rim que eu arranquei de uma mulher e que guardei para si. O outro pedaço eu fritei e comi, e estava muito bom. Talvez eu envie a faca ensaguentada que o tirou se esperar mais um pouco. Assinado: Pegue-me quando puder.”

A carta foi enviada numa pequena caixa de madeira, juntamente com metade de um rim, preservado em etanol. Carimbada a 15 de outubro de 1888, foi recebida por George Lusk, o então chefe do Comité de Vigilância de Whitechapel. Das dezenas de cartas supostamente enviadas, é considerada como a mais plausível de ter sido escrita pelo assassino. O rim, provavelmente, pertencia a Catherine Eddowes, uma das vítimas confirmadas do Estripador.

Carta: “Do Inferno”

O caso ganhou fama internacional devido à exaustiva cobertura feita pelos vários jornais da época. Ainda hoje, inspira dezenas de filmes e séries, como são os casos de “Silêncio dos Inocentes”, com Anthony Hopkins a interpretar o famoso Hannibal Lecter,  ou “Psicopata Americano”, com Christian Bale. A própria história em concreto do Jack o Estripador já foi adaptada ao cinema algumas vezes, sendo a versão mais conhecida: “A verdadeira história de Jack, o Estripador,” que tem Johnny Depp como protagonista.

Ao longo da história foram apontados centenas de nomes como sendo o verdadeiro Jack, o Estripador – o mais conhecido o de um barbeiro polaco – mas a identidade de Jack permanece um mistério.

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Artigo de
Hugo Mesquita

02-08-2017



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