De polvo e paineleiros se faz o futebol português

De polvo e paineleiros se faz o futebol português

Desporto

De polvo e paineleiros se faz o futebol português

Longe vão os tempos em que no futebol apenas se discutia a tática errada, o golo falhado de baliza aberta e aquele lance inacreditável que decidiu o jogo. Agora é a vez do polvo e dos paineleiros. Que curiosamente até são termos antigos.

Artigo de Bruno Seruca

23-11-2017

Há muito que o golo falhado de baliza aberta deixou de ser a grande polémica semanal do futebol português. Naquele que é considerado o desporto rei, o prato do dia é polvo. Se bem que não estamos a falar de nenhuma iguaria bastante apreciada por jogadores, treinadores e dirigentes. É mesmo de polémica! E de trocas de acusações bastante graves. Primeiro, foi o Futebol Clube do Porto a acusar o grande rival, Sport Lisboa e Benfica, de ser o «polvo» do futebol nacional. Acusando os «encarnados» de estender «os tentáculos» para todo o lado. Ao longo dos últimos meses, Francisco J Marques, diretor de comunicação dos «dragões», que lançou recentemente o livro ‘O polvo encarnado’, revelou um suposto esquema de emails que, no seu entender, comprovam a existência de «esquemas, manipulações e compadrios que viciam o futebol português».

 

Sport Lisboa e Benfica e Futebol Clube do Porto trocam acusações sobre quem é o polvo que comanda os bastidores do futebol português.

 

Por sua vez, o clube liderado por Luís Filipe Vieira devolve a acusação. Afirmando que o emblema presidido por Jorge Nuno Pinto da Costa é o «futebol clube do polvo». No novo programa ‘Chama Imensa’, transmitido na BTV, o Benfica revela que os portistas é que são «o verdadeiro polvo» tendo tentáculos na arbitragem e media. O clube da águia transforma a acusação no novo Apito Dourado, fazendo alusão a um dos piores escândalos do futebol português.

Aquilo de que muitos não se recordam é de que este não é o primeiro polvo a ser servido no futebol português. É preciso recuar até 2010 outro molusco igualmente polémico. Foi nessa altura que Carlos Queiroz, antigo selecionador português, acusou Amândio de Carvalho, dizendo que o então vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol tinha decidido «pôr a sua cara na cabeça do polvo». Isto numa altura em que lhe foi comunicado que não existia confiança no trabalho enquanto selecionador.

 

A mais recente guerra de Bruno de Carvalho é com o comentador Rui Santos.

 

Da gastronomia saltamos para as brincadeiras com palavras. E o destaque vai para Bruno de Carvalho. Ou não fosse o presidente do Sporting o protagonista de algumas das mais recentes polémicas do futebol português. Na mais recente, o líder dos «leões» lança um ataque feroz a Rui Santos, comentador da SIC Notícias. Bruno de Carvalho referiu-se ao jornalista como «o guru dos paineleiros». Afirmando que «não consegue dominar o seu ego, tendo-lhe associado um feitio de ‘gaja’», escreveu na sua página de Facebook. Mais uma vez, este termo não é recente. Nem uma inovação do dirigente verde e branco. Foi António Fiúza, o carismático presidente do Gil Vicente, que utilizou o termo «paineleiros» para se referir aos comentadores dos programas semanais ligados ao futebol nacional.

Polvo e paineleiros à parte, o futebol português atravessa um dos momentos mais polémicos dos últimos anos. As trocas de acusações são praticamente diárias e o jogo em si acaba, em diversas ocasiões, relegado para segundo plano. Aguardam-se cenas dos próximos capítulos para perceber o que se segue.

 

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Artigo de
Bruno Seruca

23-11-2017



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