Iniesta a caminho da China e a culpa é do vinho

Iniesta a caminho da China e a culpa é do vinho

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Iniesta a caminho da China e a culpa é do vinho

Iniesta está prestes a trocar o FC Barcelona pelos milhões da China e pela possibilidade de expandir a marca do seu vinho. Não é caso único, há cada vez mais futebolistas a apostar na indústria vinícola.

Artigo de Hugo Mesquita

19-04-2018

Quem viu o FC Barcelona ser eliminado da Liga dos Campeões nos quartos de final, depois de ter perdido por 3-0 com a Roma, deverá ter reparado que, entre a visível desolação dos jogadores “culés”, Iniesta destacava-se dos demais. Muito se especulou sobre a forma como o espanhol reagiu à derrota da equipa. Todas as opiniões resumiam-se a um ponto: este foi o último jogo de Iniesta na Liga dos Campeões pelo FC Barcelona.

O próprio jogador referiu, ainda antes da eliminatória, que estava a ponderar a sua continuidade em Barcelona na próxima época. Segundo alguns órgãos de comunicação espanhóis, a decisão do pequeno mago espanhol está decidida e o seu destino é a China.

Os milhões que as equipas da liga daquele país oferecem aos jogadores são difíceis de rejeitar e já há vários casos de jogadores que preferiram os milhões da China ao invés de continuarem a jogar na Europa. Como casos próximos, temos Hulk e Witsel.

O futebol chinês tem (cada vez mais) sotaque português

Em final de carreira, a decisão de Iniesta ir em busca dos milhões da China justifica-se, mas não terá sido essa a principal motivação do jogador.  Segundo o jornal espanhol “Marca”, na transferência do jogador espanhol está envolvido um acordo de comercialização da sua marca de vinho, “Bodega Iniesta”, que deverá vender cerca de dois milhões de garrafas por ano na China.

Iniesta é um aficionado por vinho. Em 2010, decidiu criar a sua própria vinícola, a “Bodega Iniesta“, que rapidamente se tornou um sucesso. Conta-se que produzirá qualquer coisa como 1,3 milhões de garrafas por ano. E não, o jogador não dá apenas o nome a um determinado vinho, como acontece com tantas outras personalidades. Ele abriu este negócio que já era uma tradição na sua família.

Vários craques trocaram os relvados pelas vinhas

O craque espanhol não é caso único no que diz respeito a futebolistas que decidiram usar parte das suas fortunas pessoais para investir na indústria vinícola. Também Andrea Pirlo decidiu resgatar a tradição familiar de produção de vinho e criou uma vinícola na cidade Capriano del Colle, a 10 km de Brescia, Itália.

Outro caso é o de David Beckham, que em 2008 decidiu comprar uma vinha no Vale de Napa, nos EUA, para oferecer como presente de aniversário à esposa Victoria. Naquela altura, o antigo internacional inglês representava os Los Angeles Galaxy e pretendia, com a vinha, produzir os seus próprios vinhos, para consumo da família e dos amigos.

Outros nomes do mundo do futebol estão envolvidos nesta indústria. David Ginola, por exemplo, recebeu uma medalha de prata no International Wine Challenge por um vinho rosé que produz na sua vinha em Provença, França. Ronaldinho e Messi também já deram o seu nome a uma linha de garrafas de vinho.

Em Portugal, salta à vista o trabalho de Pedro Emanuel. O antigo central do FC Porto e agora treinador também apostou no negócio dos vinhos. Em 2007, juntamente com dois sócios, criou a garrafeira Wine O’Clock que, para além da venda ao público, se dedica também à distribuição. Ao momento, tem três espaços para venda, em Matosinhos, Lisboa e Vila do Conde. Conta abrir mais dois.

Fotos: Reprodução Instagram

 

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Artigo de
Hugo Mesquita

19-04-2018



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