Há muitos adeptos do Sporting que adoram o estilo de Bruno de Carvalho e outros que o detestam, mas há também uma considerável fatia de apaniguados leoninos que entendem que isso está longe de ser o mais importante na função do seu presidente, preferindo essencialmente avaliar o seu trabalho e deixar para segundo plano as suas declarações.
Uma coisa é certa: a sua popularidade continua em alta, como ficou provado na sua reeleição como presidente, com quase 90 por cento dos votos, em março do ano ano passado, ou pela aprovação das suas propostas na última Assembleia Geral, com mais de 90 por cento dos votos – recorde-se que garantiu que se demitiria caso não obtivesse três quartos de votos a favor, ou seja, 75 por cento.
Uma coisa é certa: poucos ficam indiferentes a Bruno de Carvalho, em face da forma desabrida com que se envolve em guerras com tudo e com todos, todas iniciadas pelos seus oponentes, de acordo com o que já defendeu publicamente.
Entre os principais dirigentes do futebol português, poucos escaparam à fúria do presidente do Sporting, mas comentadores, árbitros e opositores internos também não têm sido poupados. Mas claro que o maior “saco de pancada” tem sido Luís Filipe Vieira.
Pinto da Costa (presidente do FC Porto), março de 2013: “O meu pai, que eu adoro, é uma pessoa com 80 anos. Eu percebo, a certa altura, temos algumas dificuldades, é normal”.
Futebol português em geral, Benfica e FC Porto em particular, junho de 2014: “Na gíria popular, porque sabemos que o futebol português está bipolarizado, isto funciona como o fenómeno fisiológico conhecido como ânus, onde temos duas nádegas [Benfica e FC Porto] que se enfrentam uma à outra dizendo ‘estou aqui e sou melhor do que tu’. Entre algo fisiológico como o ânus, ou sai vento malcheiroso ou trampa. E é disto que o futebol português está cheio por dentro e por fora: trampa”.
Carlos Pereira (presidente do Marítimo), dezembro de 2015: “Que agradável foi depois do ‘bailando’ no continente, ter ido dar ‘bailinho’ à Madeira. Uma vitória com dedicatória, como fiz questão de afirmar, e que permite entender que a diferença que vai de Zé Pereira a Carlos Pereira é a mesma que vai de bombo até bimbo…”
Pedro Proença (presidente da Liga de Clubes, dezembro de 2015): “Os espectadores estão cada vez mais fartos e desiludidos de tanta falta de bom senso, de falta de verdade desportiva, de falta de transparência e de falta de modernização. Deixe de esconder debaixo do tapete as célebres caixas com os vouchers dos 1120 jantares por época para árbitros, delegados e observadores”.
Entre os principais dirigentes do futebol português, poucos escaparam à fúria de Bruno de Carvalho
Luís Ferreira (árbitro de futebol), janeiro de 2016: “Só não lhe dei um pontapé no rabo porque, olhando para a figura dele, tive medo que ele gostasse.”
Pedro Madeira Rodrigues (ex-candidato à presidência do Sporting) fevereiro de 2017: “Já não existem palavras que definam esta personagem. Alguém que é um zero à esquerda não pode voltar a referir-se a mim e à minha família desta forma.
Todos os que não são do Sporting, março de 2017: “Vou citar o meu tio-avô, Pinheiro de Azevedo, que foi primeiro-ministro de Portugal. Bardamerda para todos aqueles que não são do Sporting Clube de Portugal! Nunca vi um sportinguista queimar cartões de sócio e cachecóis [referência aos adeptos do Benfica que o fizeram nas bancadas do antigo estádio José Alvalade durante os célebres 7-1]. Podemos não ganhar um campeonato durante 18 anos, mas temos orgulho de ser sportinguistas”
Luís Filipe Vieira (presidente do Benfica)
Novembro de 2017: “A entrevista que vi é de um perfeito idiota. Cada vez tenho mais orgulho de ser sportinguista, porque não gostaria de ser representado por semelhante pessoa. Eu não ando de pijama pela Academia a comer batatas fritas”.
“Serás sempre um verme que dirige um conjunto organizado de folhas que nem serve para fazer um rolo de papel higiénico”
Março de 2018: “Eu nunca ‘sube’ o que é viver de favores do banco… E sempre limpei as minhas vitórias! Eu apenas sei de pneus; Eu apenas roubei um camião; eu apenas tive um motorista que foi preso por tráfico de droga usando instalações e carros do clube; eu apenas devo mais de mil milhões de euros; eu apenas sou arguido num caso muito grave em termos criminais; (…) “A história tem destas injustiças. Aqui deixo o exemplo de um mero empresário que foi brilhante e visionário, que nunca fez nada de mal, mas que foi injustamente perseguido! No fim a “montanha pariu um rato” e, afinal, tanta coisa se dizia…. e apenas teve uma pequena falha fiscal!” [a esta mensagem seguiu-se uma foto de Al Capone].
Paulo Pereira Cristóvão (antigo vice presidente do Sporting), novembro de 2017: “Tu, ex-sócio Pereira, és um labrego criminoso e pedante, que tem meia dúzia de fãs na net, que te fazem pensar ser o maior. Coloca aí no teu arquivo de treta: vais ser condenado outra vez, e desta vez não será por me teres roubado um relógio, ou depositado dinheiro na conta, mas sim pelas calúnias e difamações constantes. E já devias ter aprendido a lição: não estás acima da lei”.
Octávio Ribeiro (diretor do “Correio da Manhã”), novembro de 2017: “Ribeiro… cresce e aparece! Deram-te um brinquedo que foi o Correio da Manhã, e tu que tens cara de quem sofreu bulyling toda a infância, julgas que és um grande homem. Já dizia o meu treinador sobre alguns jogadores e eu digo de ti: tens de nascer 10x para um dia seres um homem a sério. Até lá és, e serás sempre, um verme que dirige um conjunto organizado de folhas que nem para fazer um rolo de papel higiénico serve. Tenta outra vez! Só te enterras mais de cada vez!”
Rui Santos (comentador da SIC Notícias), novembro de 2017: “Hoje é dia de Rui Santos, o Guru dos paineleiros! Não consegue dominar o seu ego, tendo-lhe associado um feitio de ‘gaja’. E não falo da macheza dele, mas sim do seu carácter. Tem o perfil que costuma apelidar-se de “piquinho a azedo”. E o que é isto? É ser mesquinho, vingativo, mexeriqueiro, intriguista, que diz aos amigos “ai, ele atacou-me! Agora vai ver o que lhe vou fazer…”.
Fernando Gomes (presidente da FPF), dezembro de 2017: Não era para dar um murro na mesa? A mesa ainda deve estar na fábrica para ser enviada. E agora é que não se deixa condicionar e que a pacificação do futebol português vai acontecer apenas porque sim… Falar dos vouchers… nada! Falar dos emails…. nada! Falar sobre os programas televisivos com cartilhas terroristas de comunicação… nada! Falar dos bastidores do futebol que estão a vir, finalmente, a público onde, entre tantas coisas, estão envolvidas pessoas da FPF… nada!”
Pedro Guerra (comentador da TVI 24), julho de 2017: “Ele que tenha cuidado com o colestrol, pois é algo que obstrói as artérias do coração. Sei que as verduras não lhe caem bem, mas tente comer mais verduras”
Rodolfo Reis (comentador do programa “Play-Off”, da SIC Notícias), janeiro de 2018: “Mas quem és tu meu labrego, para chamares ‘lambe rabos’ a uma figura do futebol português como o Manuel Fernandes. Quem foi almoçar com o JJ e lamber-lhe o rabo foste tu. Labrego… Tens memória curta mas as pessoas não têm. O ‘empregado’ do Sporting tudo o que ganhou foi com Esforço, Dedicação e Devoção… já tu nunca te livrarás de ser um vendedor de fruta! Tu não precisas de cartilha, basta-te um ‘quinhentinhos’.”
Marco Silva (ex-treinador do Sporting), fevereiro de 2018: “Foi despedido do Olympiacos, desceu de divisão uma equipa que gastou milhões e foi despedido do Watford. Esse Marco Silva que disse aos jornalistas que eu nunca o ia despedir do Sporting, mas que seria ele a fazer com que os sportinguistas me despedissem a mim”.
António Salvador (presidente do Sp. Braga), Março de 2018: “És um labrego, trolha e aldrabão! Já não te consigo aturar! Vai mandar no G15 e aproveita e vai… Idiota, aldrabão… Adoras ser o Presidente do benfica b… Agora faz mais um comunicado…”
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